Assembleia deliberou a favor da greve a partir da próxima quarta (19)| Foto: Sintrasp/Sinpmu
Insatisfeitos com a proposta de reajuste salarial abaixo do índice mínimo da inflação, os servidores municipais de Uberlândia aprovaram indicativo de greve a partir da próxima quarta-feira (19). A aprovação ocorreu durante assembleia geral na manhã desta sexta-feira (14), no Centro Cultural do Sindicato dos Trabalhadores no Serviço Público Municipal de Uberlândia (Sintrasp).
A assembleia contou com a participação de servidores da administração direta e indireta associados ao Sintrasp e ao Sindicato dos Professores Municipais de Uberlândia (Sinpmu). A categoria alega que a recomposição salarial apresentada pelo prefeito Odelmo Leão (PP) apresenta risco real e perdas ao funcionalismo municipal quando não considerado os índices mínimos da inflação.
O índice de 3,5% foi proposto pelo Município no dia 27 de maio. Os sindicatos passaram a contestar a medida alegando que não houve diálogo com a categoria e criticando o indexador usado para justificar o percentual de aumento. Os novos valores passariam a valer a partir deste mês, mas a tramitação do projeto na Câmara de Uberlândia sofreu impasses.
De acordo com o Sinstrasp, a classe aceita a tramitação do projeto, mas não concorda com o índice imposto sem negociação direta com as categorias. Além disso, vai apoiar as emendas parlamentares com índice da inflação acumulada com efeito retroativo ao mês de janeiro de 2019. Até então, haviam três emendas da oposição pedindo índice de reajuste de 8,65%.
O movimento ocorrerá por tempo indeterminado e com a adesão de servidores de vários setores da Administração Municipal como saúde, educação, transporte e das autarquias. O presidente do Sintrasp, Ronaldo Branco, reforçou que os sindicatos trabalham para assegurar o mínimo essencial de 30% do quadro de servidores, durante a greve. Além disso, estão sendo adotadas as providências no sentido de garantir a segurança jurídica ao sindicato e ao trabalhador.
“A partir do respeito ao mínimo, é fazer a greve até o prefeito entender que ele não pode deliberar as coisas que sejam referentes ao trabalhador por conta própria”, comentou Branco.
O Diário entrou em contato com a Prefeitura de Uberlândia para saber se gostaria de se manifestar sobre as reivindicações e a aprovação da greve, mas não teve resposta até a publicação.