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30/05/2019 às 13h41min - Atualizada em 30/05/2019 às 13h41min

Mais de 30 mil títulos ainda estão cancelados em Uberlândia

Situação abrange quem não regularizou a situação eleitoral deste ano e no ano passado

MARIELY DALMÔNICA
Somente 83 eleitores que tiveram o título cancelado neste ano se regularizaram nos últimos quatro meses perante a Justiça Eleitoral | Foto: Mariely Dalmônica
Se a eleição municipal acontecesse este ano, mais de 30 mil eleitores de Uberlândia não poderiam escolher os novos legisladores e gestor municipal. Passado o período de regularização com a Justiça Eleitoral, um total de 1.532 eleitores em Uberlândia tiveram os títulos cancelados em 2019, justamente por não atenderem ao chamado dentro do prazo (6 de maio). Estão sujeitos ao cancelamento aqueles que não votaram em três eleições consecutivas – cada turno é considerado uma eleição – e não justificaram a ausência.

Somente 83 eleitores de Uberlândia que tiveram o título cancelado neste ano se regularizaram nos últimos quatro meses. Segundo Ademilson da Silva, técnico judiciário do Cartório Eleitoral em Uberlândia, todas essas pessoas já haviam feito a biometria, antes mesmo dela se tornar obrigatória.

Além dessa situação, cerca de 30 mil eleitores que não fizeram o cadastro da biometria e tiveram o título cancelado ainda em 2018, também não se regularizaram. “Existe o número de título atribuído para eles, mas não está sendo usado, não dá para votar”, afirmou o técnico judiciário.

Quem deseja regularizar a situação eleitoral deve pagar uma multa no valor de R$ 3,51 para cada turno, ou seja, referentes à ausência na eleição de 2016 e nos dois turnos de 2018. O pagamento só pode ser feito no Banco do Brasil e o comprovante deve ser levado ao Cartório Eleitoral para que o processo de regularização seja concluído.

O eleitor que teve o documento cancelado pode não conseguir tirar passaporte, carteira de identidade, receber salários de função ou emprego público e nem contratar empréstimos em estabelecimentos de crédito mantidos pelo governo. Além disso, a não regularização do título também impede inscrições e nomeações em concursos públicos, e renovação de matrícula em estabelecimentos fiscalizados pelo governo.

De acordo com Silva, quem deseja votar nas próximas eleições tem até o mês de maio de 2020 para pagar as multas e normalizar a situação eleitoral. “Infelizmente muitas pessoas deixam para a última hora e dão desculpas variadas”, disse o técnico judiciário.

Quem tiver dúvidas se está com o título cancelado pode consultar a situação pela internet, através do Portal do Tribunal Superior Eleitoral (TSE) na área Serviços ao Eleitor, ou comparecer a qualquer cartório eleitoral com um documento de identificação com foto.

Atualmente, qualquer pessoa que for tirar o título de eleitor ou regularizar a situação eleitoral já estará dentro do sistema de biometria, que se tornou obrigatório desde as últimas eleições.
 
PAÍS
Em todo Brasil, 2.486.495 títulos foram cancelados neste ano segundo a Justiça Eleitoral, sendo 1.247.066 na região Sudeste, 412.652 no Nordeste, 292.656 no Sul, 252.108 no Norte, 207.213 no Centro-Oeste e 74.800 de eleitores residentes no exterior. O estado de São Paulo lidera o número de cancelamentos, com 674.500 títulos, seguido do Rio de Janeiro com 299.121, de Minas Gerais com 226.761, do Rio Grande do Sul com 120.190, do Paraná com 107.815 e de Goiás, com 96.813.

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