Guimarães permanece internado sob escolta da Secretaria de Administração Prisional (Seap) e utilizou uma lâmina de bisturi de 43x7 mm para tentar realizar o ato. Após adotados os procedimentos de segurança e socorro, o estado de saúde se mantém estável, de acordo com informações da equipe médica.
A nota da polícia ainda informa que os detalhes por trás da tentativa de suicídio estão sendo apurados pela Polícia Civil. O Diário de Uberlândia tentou entrar em contato com a delegada responsável pelo inquérito na tarde desta quinta-feira (23) para saber se outras pessoas foram ouvidas e se há novas informações sobre o caso, mas até o fechamento da reportagem não obteve resposta.
A Seap esclareceu que o preso estava sob custódia de agentes de segurança penitenciários do Presídio de Paracatu. Informou ainda que foi instaurado pela direção da unidade prisional um procedimento interno para apurar administrativamente o fato. As investigações criminais são de responsabilidade da Polícia Civil.
Durante entrevista à imprensa local, na tarde de quarta-feira (22), a delegada esclareceu que o investigado teria sido retirado recentemente de uma função interna da igreja. Além disso, há informações de que o pastor chegou a fazer alguns aconselhamentos a ele em virtude de seu comportamento agressivo nos últimos dias.
No momento em que o autor invadiu a igreja com a arma em mãos, o pastor conseguiu fugir pulando o muro. Foi então que Rudson fez a primeira vítima no local. Antonio Rama era pai do pastor e a polícia acredita que, naquele momento, o autor premeditou o crime como forma de atingir o alvo principal. Rudson tem histórico de dependência química e uma passagem pelo Artigo 34 da Lei de Tóxicos ao ser flagrado com objeto destinado à fabricação de drogas. Contudo, ainda não se sabe se ele estava sob efeito de drogas no momento do crime.
Uberlandense foi uma das vítimas no ataque em Paracatu; Heloisa Andrade foi sepultada em Uberlândia nesta quinta (23) | Foto: Reprodução/Facebook
A arma utilizada no crime, uma garrucha .34, está sendo objeto de perícia da Polícia Civil, que também investiga como o suspeito teve acesso à arma. A delegada chegou a ouvi-lo no hospital, mas ainda vai intimá-lo a depor, bem como ouvir outras testemunhas.
A coach uberlandense Heloisa Vieira Andrade era ex-namorada e também foi uma das vítimas de Rudson. De acordo com a delegada, ela foi morta com golpes de canivete no momento em que orava pelo autor junto a familiares na casa da irmã dele. Ele teria dito às testemunhas que mataria todo mundo e, em seguida, foi até a igreja onde cometeu o ataque contra os fiéis.
A mulher não resistiu aos ferimentos e morreu. Ela era natural de Uberlândia e estava em Paracatu há pouco tempo prestando serviços para uma cooperativa local. Vieira foi sepultada no final da manhã desta quinta no cemitério Campo do Bom Pastor, no bairro Planalto, em Uberlândia. A Polícia Civil ainda apura o que poderia ter motivado o homicídio da mulher.