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30/01/2019 às 18h10min - Atualizada em 30/01/2019 às 18h10min

Beneficiários cobram entrega de apartamentos

IGOR MARTINS *APRIMORAMENTO PROFISSIONAL
Um grupo de famílias contempladas com apartamentos no lote 4 do Residencial Córrego do Óleo realizou, na manhã de ontem (30), uma manifestação para pedir uma rápida definição sobre a entrega das moradias. O ato aconteceu em frente ao edifício sede da Caixa Econômica Federal no Triângulo Mineiro, na avenida Rondon Pacheco, em Uberlândia.

Único conjunto não entregue, o lote 4, previsto para ser concluído em maio de 2016, sofreu vários problemas com atrasos no decorrer da construção. Hoje, com os apartamentos prontos para serem habitados e já vistoriados pelos sorteados, os futuros moradores aguardam a emissão da Certidão Negativa de Débitos (CND). O documento, que atesta a ausência de pendências de empresas e indivíduos, é de responsabilidade da construtora contratada para a obra e a sua emissão é feita pela Receita Federal. Sem ele, não é possível dar entrada no cartório, resultando no impedimento de geração de matrículas e contratos pelo banco.

O organizador do protesto, Elcio Luiz, participou de uma reunião na Caixa momentos antes do início da manifestação. Segundo ele, o objetivo do encontro foi o de debater a emissão de um documento alternativo, que substituiria a CND e daria celeridade ao processo. A reunião não teve resultados, o que faz Elcio Luiz acreditar que todo o processo ainda dará muita dor de cabeça aos futuros moradores do residencial. “Temos que correr atrás do que é nosso. A maioria das pessoas aqui está apertada financeiramente. Vivemos de favor na casa dos outros. Esses apartamentos são nossos”, disse.

Sorteadas no programa em 2015, Angelina Alves da Silva e Lílian Aparecida Venâncio aguardam uma definição dos órgãos federais junto à construtora responsável pelos apartamentos. As duas contaram ao Diário de Uberlândia sobre a realidade vivida enquanto não recebem as chaves da futura casa.

“Antigamente eu morava com a minha mãe, e hoje moro com a minha irmã, no bairro Tibery. Eu moro de favor porque ela cedeu a casa para mim. Enquanto isso, a gente fica esperando uma definição”, disse Angelina, que precisou devolver o carro para o banco para quitar as parcelas de sua antiga casa.

Já Lílian está preocupada com a situação de sua filha. É que ela matriculou a pequena em uma escola próximo ao Residencial Córrego do Óleo, no ano passado. Mesmo com o adiamento das aulas na rede municipal para março, Lílian corre contra o tempo para tentar colocar a garota em um outro colégio, mais próximo de onde vive. “O adiamento das aulas acabou sendo bom para mim, ainda tenho como avaliar outras escolas para matricular minha filha”, falou.

A construtora Libe, responsável pela obra, foi procurada pelo Diário de Uberlândia, mas não se posicionou sobre a demora para viabilizar a CND até o fechamento desta edição.

O EMPREENDIMENTO

O Residencial Córrego do Óleo consiste na construção de 1.600 unidades habitacionais, na zona oeste de Uberlândia. Para a viabilização do projeto foram destinados pelo programa “Minha Casa Minha Vida”, do Governo Federal, R$ 104 milhões.
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