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18/08/2018 às 09h15min - Atualizada em 18/08/2018 às 09h15min

Saúde

Aparelho de hemodinâmica tem compra autorizada

NÚBIA MOTA
O Ministério da Saúde autorizou nesta semana a compra de um equipamento de hemodinâmica para o Hospital Municipal de Uberlândia. A aquisição foi recomendada pelo Ministério Público Estadual (MPE) ao Município no último dia 20, como forma de diminuir a fila por cateterismo e angioplastia, que chega a ter 1,7 mil pacientes, já que apenas o Hospital de Clínicas da Universidade Federal de Uberlândia (HC-UFU) oferece o serviço pelo Sistema Único de Saúde (SUS) na cidade. A previsão do secretário municipal de saúde, Gladstone Rodrigues, é que o aparelho esteja em funcionamento em um ano.

Segundo Gladstone, será feito um processo de dispensa de licitação para agilizar e simplificar a compra do aparelho, o que deverá levar cerca de 90 dias. Após a compra efetuada, a empresa, que é alemã, pede quatro meses para fabricar o aparelho e envia-lo ao Brasil. “Acho que no ano que vem estamos em funcionamento, se o setor de importação liberar o aparelho em tempo hábil. Tem todo o problema alfandegário. Não é raro que fique no porto por 30, 60 dias, até conseguir desembaraçar o equipamento. Depois, temos que construir e adaptar as instalações no Hospital Municipal para abrigar o aparelho”, disse o secretário.

Até lá, pacientes atendidos pelo município continuam usando a hemodinâmica do HC-UFU, conforme acordo entre a própria instituição e os Ministérios Públicos Federal e Estadual e a Associação Paulista para o Desenvolvimento da Medicina (SPDM), gestora do Hospital Municipal. Os procedimentos cardíacos estão sendo feitos nos horários vagos.

O aparelho de hemodinâmica faz exames que identificam obstruções das artérias coronárias ou avalia o funcionamento das válvulas e do músculo cardíaco, com a finalidade de diagnosticar uma possibilidade de infarto agudo do miocárdio ou determinar a exata localização da obstrução que está causando este infarto. Por se tratar de um exame invasivo, algumas medidas são necessárias, como anestesia local, por exemplo.

CIRURGIAS

No dia 23 de julho, o Hospital Municipal fez a primeira cirurgia cardíaca em um paciente de 28 anos. Segundo Gladstone Rodrigues, atualmente a instituição de saúde consegue fazer uma cirurgia no coração por semana, mas a intenção é ampliar esse número e fazer uma por dia, chegando a 20 procedimentos por mês.

Ainda de acordo com o secretário de saúde, há cerca de 5 anos, 40 cirurgias eram feitas em Uberlândia, metade delas no HC-UFU, e a outra parte, no Hospital Santa Catarina. Com o fechamento do Hospital Santa Catarina em 2016, o número caiu pela metade.

Segundo o promotor de Justiça de Defesa da Saúde, Lúcio Flávio de Faria e Silva, por causa do alto custo, o HC-UFU também precisou diminuir os procedimentos e hoje consegue fazer em média dez cirurgias cardíacas no mês.

Com o fechamento do Hospital Santa Catarina, foram abertos dois processos licitatórios para que outras instituições particulares assumissem as cirurgias no coração, mas nenhuma unidade da cidade se inscreveu no certame
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