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28/05/2018 às 13h53min - Atualizada em 28/05/2018 às 13h53min

Caminhoneiros mantêm protesto nas rodovias da região

Motoristas estão em pontos das BRs 050 e 365

​VINÍCIUS LEMOS | REPÓRTER com FOLHAPRESS

Mesmo com o anúncio do Governo Federal de redução de valores e de impostos sobre o diesel, na manhã desta segunda-feira (28), não houve alteração nos pontos de concentração de caminhoneiros em paralisação na região de Uberlândia. Contudo, a Polícia Rodoviária Federal (PRF) recebeu ordens durante o fim de semana para que passe a retirar caminhões estacionados em acostamentos e, se for o caso, multar quem desobedecer.

Segundo informações da própria PRF e da MGO Rodovias, na BR-050, na saída de Uberlândia para Uberaba há manifestantes em ambos os sentidos e veículos de carga são parados em acostamento. Em Araguari, também na BR-050, há manifestação no KM 36, com veículos carregados sendo colocados em postos ao lado da via.

Ainda na BR-050, nos municípios de Uberaba e Delta, há concentração de manifestantes. Na BR-365, há manifestações nos municípios de Monte Alegre de Minas, Ituiutaba e Centralina.

De acordo com a PRF, a ordem é para manter as rodovias liberadas e ajudar a quem não quiser aderir ao movimento, mas que não há motivo para uma ação direta de desobstrução por não ter acontecido bloqueio total das vias na região.

NEGOCIAÇÕES ENCERRADAS

Em entrevista coletiva na manhã desta segunda-feira (28), o ministro Eliseu Padilha (Casa Civil) afirmou que as negociações do governo com lideranças dos caminhoneiros se esgotaram.

"O presidente anotou as providências que tínhamos estabelecido, no nosso entendimento, o movimento dos caminhoneiros, as negociações que o governo tinha de fazer encerraram-se", disse o ministro após reunião do gabinete de monitoramento da crise.

Padilha informou ainda que o governo conseguiu desbloquear 728 pontos de obstrução e que as estradas brasileiras ainda mantêm 557 concentrações. "Começa a haver uma retomada no andamentos dos caminhões, mas ainda não é o que gostaríamos que acontecesse, porque o movimento ainda é lento."

Um dia após fazer a terceira concessão aos caminhoneiros, o presidente Michel Temer se reuniu na manhã desta segunda com ministros no Palácio do Planalto.  "Nós fizemos nossa parte e agora esperamos que a outra parte cumpra com a sua e já começou a fazê-lo", afirmou Padilha.

O ministro-chefe do GSI (Gabinete de Segurança Institucional), Sérgio Etchegoyen, reconheceu que, mesmo que a paralisação acabe nesta segunda, a situação não será normalizada imediatamente.

"Nós não vamos chegar à normalidade no abastecimento de todos os itens de imediato, obviamente", disse.

Segundo ele, haverá ainda um "retardo" para a chegada de alimentos e combustíveis. De acordo com ele, a prioridade neste momento é o abastecimento de unidades de saúde. "E estamos identificando aqueles que não são caminhoneiros e estão aproveitando desse momento crítico", disse.
 
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