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26/07/2017 às 17h43min - Atualizada em 26/07/2017 às 17h43min

Intervalo

TIAGO PEGON | COLUNISTA

Com início do recesso parlamentar no Congresso Nacional, os ânimos diminuem e as estratégias de retomada do jogo político é o que move Brasília, pelo menos para os que ficam pela cidade. Mas como a bola da vez na capital federal é o Executivo, e esse não para, a partida, principalmente, nos bastidores continua.

Mesmo respirando com ajuda de aparelhos (uma analogia à temperatura seca que faz por aqui), o governo federal tenta seguir o fluxo do mandato e retomar ações, mas segue patinando. O que segue animando Temer e sua turma é uma sinalização do presidente da Câmara, Rodrigo Maia (DEM-RJ), que, mesmo de "birra" com o atual dono da cadeira do Palácio do Planalto, acha que a votação no Plenário da Casa contra a possível cassação do presidente deve ser rejeitada. Aliados dizem que pelo menos 250 deputados devem votar pela manutenção de Michel Temer no cargo.

 

PESQUISA

A pesquisa do Instituto Ipsos (a 3ª maior empresa de pesquisa e de inteligência de mercado do mundo) divulgada nesta terça-feira (25) revelou que os três personagens principais pela derrubada da presidente Dilma Rousseff são também os três políticos mais rejeitados do Brasil. Quem lidera a lista é Michel Temer, formalmente denunciado por corrupção e rejeitado por 94% da população. O segundo é o ex-deputado Eduardo Cunha (PMDB-RJ), que acolheu o pedido de impeachment, condenado a 15 anos de prisão, com 93%. E em terceiro lugar, aparece o senador Aécio Neves (PSDB-MG) com 90%, acusado de receber propina e outras falcatruas.

 

PARA O "2º TEMPO"

As reformas da Previdência e Política devem pautar o segundo semestre no Congresso Nacional. A Proposta de Emenda à Constituição (PEC) que aumenta a idade para aposentadoria já foi aprovada em comissão especial. Para ser aprovada no Plenário, a matéria precisa de 308 votos favoráveis. No caso da reforma política, as mudanças na legislação precisam ser aprovadas pelo Congresso até outubro para poderem ser aplicadas nas eleições de 2018. Para o relator da reforma política na Câmara, deputado Vicente Cândido (PT-SP), há ameaças que podem dificultar a aprovação da proposta, que seriam movidas pelos interesses dos parlamentares e de seus partidos na divisão das verbas públicas.

 

DEPUTADOS CONTERRÂNEOS

Os deputados Weliton Prado (PMB) e Tenente Lúcio (PSB) seguem suas atuações "caipiras" em seus mandatos. A notícia que se tem deles é da rotineira liberação de verbas para as cidades da região e inclusão de propostas de ampla discussão e pouca resolutividade. Por exemplo, o primeiro destacou projeto que considera prática abusiva das operadoras de TV por assinatura recusar cancelamento imediato. E entre recursos liberados para municípios da região pelos dois parlamentares, a cidade de Uberlândia não foi contemplada com nenhum real. 

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