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29/09/2022 às 08h00min - Atualizada em 29/09/2022 às 08h00min

Semana das grandes transformações?

CLÁUDIO DI MAURO
Esta é uma semana decisiva na escolha do futuro que desejamos para o Brasil. 

Quando afirmamos para o Brasil, estamos nos referindo à nação brasileira, constituída de sua população, seu território, usos e costumes, preservados por administração que se articule com tais maneiras de viver.

Não cremos que a maioria esmagadora da população brasileira queira um governo autoritário, estimulador das diversas matizes do ódio, da agressividade e das armas.

O Brasil tem sido reconhecido internacionalmente como um país onde seu povo é feliz, alegre e trabalhador, um país com potencial para se localizar entre as maiores economias do globo. Por isso, em alguns anos saímos do Mapa da Fome de autoria da Organização das Nações Unidas – ONU. Sempre fomos vistos no mundo como o país de lindas e ensolaradas praias, de maravilhosos biomas onde são diversificadas as famílias e espécies de animais e vegetais, a exemplo da Amazônia, do Pantanal Matogrossense, das Cataratas do Rio Iguaçu, do futebol arte, da culinária variada e muito desejada, de pessoas gentis, simples mas atenciosas com todos os povos, independente de suas origens.

Em cerca de 8 anos o Brasil foi levado desde as melhores posições de topo mundial que ocupava no que diz respeito ao Desenvolvimento Econômico, medido pelos critérios do mundo capitalista, para se constituir e ser reconhecido como um pária que permite a morte de sua população pela falta de cuidados com a saúde, de fome para seus pobres e oprimidos.

O que aconteceu com o Brasil ? O que fizeram com esse Brasil que buscava a construção da Democracia Profunda e que ainda que de maneira tímida buscava a redução das desigualdades sociais, ambientais e políticas? O que aconteceu que nosso país foi lançado à vala comum dos esgotos mundiais?

O que fez com que as elites econômicas promovessem o golpe contra o Estado Democrático de Direito?

O que aconteceu com a auto estima de nosso povo que está cada dia mais sofrido? Nossa gente ficou cabisbaixa.

Nesta semana, ainda no início da primavera, poderão estar chegando as flores. A alegria da nossa gente tem ido para as ruas e praças, com música dançando e demonstrando que o imenso gigante está acordando. Ressurgiu a esperança com a possibilidade de buscar experiências mais desafiadoras e dedicadas ao bem comum:

-recuperar nossa articulação valorizando a ciência e a tecnologia;

-recuperar os bancos universitários para setores subalternizados que antigamente não entravam no ensino superior;

-recuperar os investimentos dos ganhos financeiros com o Pré-Sal, para Educação, para Saúde, para Cultura;

-recuperar a possibilidade de nossa população se alimentar e morar com dignidade;

-até o futebol arte, típico da habilidade de brasileiros, poderá ser reabilitado com Vinícius Júnior, Neymar e outros artistas da bola;

E não se pode esperar que tais façanhas aconteçam por milagres divinos. Mas, com o resultado das escolhas feitas pelos eleitores brasileiros. Também não se pode esperar que tais transformações aconteçam em apenas um lance de sorte e eleitoral.

Tais mudanças terão que ser cultivadas, com esforços coletivos, com governos comprometidos com a radicalização da democracia. Mas, nada dessas vitórias poderá se concretizar se não houver presença ativa dos Movimentos Populares e da cidadania como um todo.

Chegou o momento da população brasileira assumir seu protagonismo na história que deveremos construir, a partir das ações do presente. Especialmente no próximo dia 02 de outubro, domingo.  



*Este conteúdo é de responsabilidade do autor e não representa, necessariamente, a opinião do Diário de Uberlândia.
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