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13/07/2017 às 00h51min - Atualizada em 13/07/2017 às 00h51min

O jogo acaba quando termina

TIAGO PEGON | COLUNISTA

Para comentar a atual situação das atividades políticas em Brasília (DF), e fazendo aquele nosso paralelo com o esporte, sobretudo o futebol, podemos comparar com um jogo em que o time favorito (governo) toma um revés importante de um time fraco e de baixa representação (oposição). E que, mesmo perdendo, o favorito é poderoso e sabe jogar, não podendo nunca ser subestimado. Pois é...

Em vista disso, a sobrevida do atual governo é posto à prova, e a aprovação da Reforma Trabalhista foi como um gol de empate diante da "surra política" que o governo federal vinha tomando. Os escândalos envolvendo o presidente da república, ministros de Estado e lideranças políticas tradicionais continuam a ser apurados, mas o jogo político é como o futebol, uma incógnita até o final dos 90 minutos.

O uso da força política do Executivo, liberando Emendas Parlamentares a partidos aliados no apagar das luzes, e mexendo os jogadores (deputados) que possam barrar o parecer da CCJ da Câmara que pede a saída do presidente Temer, é mais uma forma de dar sobrevida ao governo, mas não garante a continuidade. O parecer que pode abrir votação no plenário da Câmara e pedir o afastamento do mandatário do país pode ser votado ainda até o final desta semana.

 

CONDENAÇÃO DE LULA

A condenação do ex-presidente Lula, apesar de esperada tanto por aliados e opositores, fez com que os corredores do poder em Brasília esquentasse (apesar do clima frio na capital). Por parte de apoiadores do petista as críticas foram ao juiz Sérgio Moro, que teria sido imparcial e proferido a sentença sem provas. O lado contrário acusa o ex-presidente de ser líder de facção política-criminosa. Mas em meio às trocas de acusações houve unanimidade, ninguém confirma que ele poderia ser preso ou estaria fora (totalmente) da candidatura para a sucessão presidencial, em 2018.

 

NÃO SE FALA MAIS

A falta de memória da população, principalmente dos mineiros, em relação a vergonha que foi o arquivamento do pedido de cassação do senador Aécio Neves (PSDB-MG), que acabou reconduzindo o político ao seu cargo, faz desacreditar na força e determinação, característica do povo de MG, na luta por justiça. Lamentável.

 

PROJETOS SOB ANÁLISE

A Comissão de Viação e Transportes da Câmara aprovou, nesta semana, uma proposta que torna obrigatória a circulação de ônibus do transporte público 24 horas por dia em cidades com mais de 300 habitantes.

Outra proposta atual é a aprovação, na Comissão de Defesa do Consumidor, do projeto que obriga a instalação obrigatória de circuito interno de vídeo em pet shops e hotéis especializados. O objetivo da proposta é possibilitar aos clientes o acompanhamento dos serviços de banho e tosa e, ainda, de guarda e zelo de seus animais de estimação.

A cobrança por bagagens em voos nacionais e internacionais pode estar com os dias contados. Após recente decisão da Comissão de Defesa do Consumidor da Câmara contrária à extinção da franquia de bagagens, o senador Humberto Costa (PT-PE), que protocolou projeto corroborando com a decisão, diz acreditar que os seus argumentos estão reforçados, já que os preços das passagens não foram reduzidos.

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