Diário de Uberlândia | jornal impresso e online Publicidade 1140x90
15/06/2017 às 05h26min - Atualizada em 15/06/2017 às 05h26min

Estopim

TIAGO PEGON | COLUNISTA

Depois do desafogo previsto, junto ao Tribunal Superior Eleitoral (TSE), o Palácio do Planalto mesmo sem muito sossego, tem um problema a menos para se preocupar nesta semana. Após a absolvição da Chapa Dilma-Temer, os atores do executivo federal ganham fôlego para tentar tirar o país do lamaçal que se encontra.

Mas para isso, a turma de Temer e cia. precisa saber se o partido de apoio do PMDB, o PSDB, vai desembarcar ou não da base aliada. A ala mais conservadora dos Tucanos prevê a manutenção da aliança ao atual governo. Já membros mais jovens e que preservam as raízes do partido pregam pelo desembarque da "barca governista".

O sentimento que se segue no Governo Federal é de apreensão. Como aquelas partidas de futebol em que o time o qual torce está ganhando por 1 x 0, com gol de impedimento, e tomando sufoco e contra-ataques a todo o momento. E nesse viés defensivo, o Planalto ainda segue acompanhando os desdobramentos de ações de dois detentos políticos. O ex-presidente da Câmara, Eduardo Cunha, e o ex-deputado federal Rodrigo da Rocha Loures. Ambos são preocupações constantes nos corredores do Palácio. Segundo assessores, o medo é que uma delação premiada de qualquer um deles possa ser estopim para outra crise na sala presidencial.

 

Ex-intocável em apuros

A iminente prisão do ex-presidente do PSDB, ex-governador de MG e senador Aécio Neves, já preocupa seus correligionários. Reportagens na imprensa desta semana apontaram que o político mineiro continuava com seu gabinete funcionando no Senado, apesar da determinação do ministro Edson Fachin, do STF, para que fosse afastado das atividades parlamentares. Após as denúncias da mídia, o presidente do Senado, Eunício Oliveira (PMDB-CE), comunicou ao Supremo que suspendeu o salário e a verba indenizatória do tucano, além de ter recolhido o carro oficial ao qual tem direito e retirado o nome de Aécio do painel de votações da Casa. Para agravar ainda mais a situação do ex-presidenciável, o pedido de prisão contra o parlamentar, com base na delação premiada da JBS na Lava Jato, será julgado pela alta corte no dia 20.

 

Rapidinhas da Câmara

Sem quórum, a Comissão de Constituição e Justiça (CCJ) adia mais uma vez votação da admissibilidade da PEC das Diretas. O presidente da CCJ, deputado Rodrigo Pacheco (PMDB-MG),  anunciou que a votação da admissibilidade da PEC deverá ser incluída, como item único, na pauta de nova reunião extraordinária na próxima semana.

A Comissão de Desenvolvimento Econômico (CAE) aprova projeto que impede corte de água e luz de baixa renda. A proposta vai atender usuários de baixa renda, determinando a manutenção de cota mínima de fornecimento desses serviços, mesmo na falta de pagamento.

Defesa do Consumidor aprova garantia obrigatória para veículos. A discussão na comissão temática propõe garantia mínima de dois anos ou 30 mil quilômetros, sem contratação de serviço de seguradora, para os veículos novos.

Leia Também »
Comentários »
Diário de Uberlândia | jornal impresso e online Publicidade 1140x90