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08/04/2021 às 17h55min - Atualizada em 08/04/2021 às 17h55min

Novos caminhos em tempos de muitas dores

CLÁUDIO DI MAURO

Quando apertam as saudades das pessoas amadas que partiram, para longe ou para outro Plano;
Quando estamos nos sentindo sufocados pelas pressões do dia a dia;
Quando o horizonte está turvo e nebuloso;
Quando os pensamentos e os transtornos mentais nos afetam com muita dureza;
Quando parece que chegamos ao ponto final, à beira do precipício;
Quando as dores são tão fortes que nos sufocam;
Quando os medos diante do presente e do futuro nos causam angústias permanentes; 
Quando nos sentimos sozinhos e sem perspectivas;
Estes são limites para a busca de novos caminhos.

O estado de pandemia que assola sobre nossas cabeças, gera muitas dores e sofrimentos.

Nestes momentos são poucas as pessoas que estarão absolutamente sóbrias e equilibradas;
Aliás, se houver alguém sem sofrimento físico, psicológico, espiritual nesta fase de vida da humanidade, será uma raridade. Pouco ou muito, a grande maioria das pessoas está submetida a sofrimentos;
Assim é que estamos nos limites da sanidade mental e estes são limites para a busca de novos caminhos. Quais sejam:
- A busca do apoio técnico. Buscar profissionais que saibam lidar com os sofrimentos humanos e preparação conjunta de um Plano para suportar os desajustes que nos estão sendo impostos;
- Estudiosos de religiões afirmam que esses são os momentos e as causas em que cresce a procura por Deus. Buscar Deus como Socorrista e Salvador de nossas vidas. Essa é uma componente que alicerça o imaginário de que podemos esperar por um futuro melhor.
- Algumas condições são importantes para o restabelecimento do equilíbrio em nossas vidas:
 - 1º) conseguir o indispensável material para viver. Neste caso, a moradia, a alimentação, o acesso ao apoio para a saúde, o trabalho são componentes indispensáveis;
- 2º) obter a consciência tranquila de que tem feito todo o possível pelo seu próprio bem e das demais pessoas do convívio e mesmo das externas, é outro componente importante;
- 3º) Ter fé que o futuro vai nos apresentar melhoras nas condições de viver.

Essas são condições para que haja equilíbrio e adequação para superação das características impostas pelos tempos tão difíceis que vivemos.

Algumas dessas condições dependem de nós mesmo, de nossas capacidades de superação. Outras dependem de providências coletivas e outras ainda de ações governamentais, nos mais diferentes níveis da Federação.

Daí, torna-se indispensável a ajuda técnica de profissional habilitado para esse trabalho. Esse (a) profissional ajudará na identificação de quais são nossas possibilidades e limitações para agir na redução do sofrimento mental.

Quanto depende de nós mesmos e quanto depende de fatores externos, sobre os quais não temos controle?
Quantos e quais são os fatores externos pelos quais temos que nos unir em ações coletivas para conseguir avanços e melhorar nossas realidades?

Nestas condições temos as necessárias lutas pela vacinação imediata do maior número de pessoas, atendendo e respeitando prioridades. O Brasil tem expertise para vacinar 2 milhões de pessoas por dia; a luta pela ajuda emergencial de pelo menos 600 reais para todas as pessoas; o apoio aos pequenos e médios empresários que estão impossibilitados de trabalhar. Só com essas providências podemos pensar seriamente em que as pessoas fiquem em casa enquanto se aplicam as vacinas e a consequente imunização.

Vulneráveis somos todos nós. Mas, os riscos prevalecem entre os que estão nas ruas e se relacionando com outras pessoas.

Em não acontecendo os apoios governamentais, continuaremos vendo a ampliação de contaminações e aumentos de óbitos, setores sociais em desespero, com início de saques e desrespeito às normas estabelecidas, enfrentamento da “ordem positivista”. Empresas estarão trabalhando e expondo seus trabalhadores a mais situações de riscos.

Assim a barbárie está se estabelecendo.

É possível que estes sejam os momentos em que empobrecidos e desamparados partirão para o ajuste de contas com a burguesia. As pessoas serão vistas como “arruaceiras”, mas o que move pais e mães quando verificam seus filhos como fome sem ter como atendê-los?

Não é possível que os trilionários e bilionários não entendam o quanto estão promovendo de pressão contra as periferias dos setores econômicos. Basta verificar as estatísticas que confrontam os dados da pandemia nas Regiões mais empobrecidas do país e nas cidades. As reações serão imprevisíveis.

Estamos vivendo momentos que favorecem o surgimento de aventureiros para estimular os embates. O “medo” da burguesia quanto aos fantasmas do comunismo está promovendo a barbárie prognosticada.

O sistema de exploração está sendo vencido pela crise econômica e pela pandemia. Os sinais dos tempos estão dados.

Até onde se pretende chegar com isso?



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