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31/05/2017 às 18h07min - Atualizada em 31/05/2017 às 18h07min

Endureceram o jogo

TIAGO PEGON | COLUNISTA

Depois da catástrofe política e briga generalizada de manifestantes na última semana, digna das piores brigas de torcida que já vimos em estádios brasileiros, o clima em Brasília segue tenebroso. Os escândalos envolvendo os principais articuladores do atual governo federal, incluindo o próprio presidente da República e parlamentares líderes partidários, como o senador Aécio Neves (PSDB-MG), seguem afligindo a classe política e os corredores do poder na capital do país.

A dança das cadeiras no ministério da Justiça tem um viés obscuro. O novo ministro, que era da pasta de Transparência, Torquato Jardim, se mostra um cão de guarda de Michel Temer. A Polícia Federal, que como um jogador habilidoso anda fazendo um 'estrago' diante do time de políticos corruptos, e principalmente, nos “defensores” do governo, pode ser barrada por ações de bastidores. O novo gestor da pasta já demonstra que deve 'melhorar' a atuação da PF, pretendendo mudanças. Uma delas, temida pela classe policial, é a saída do atual delegado-chefe, Leandro Daiello, o que diminuiria a atuação da PF nas ações contra atos ilícitos de políticos e diminuindo a atuação da “Lava-jato”. É preocupante.

 

RETRATO DA CRISE

Segundo pesquisa divulgada nesta quarta-feira (31) pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE), a crise política ampliou um preocupante número. A taxa de desemprego no Brasil ficou em 13,6% nos três meses até abril. A população desocupada, 14 milhões de pessoas, cresceu 8,7 % em relação ao observado entre novembro de 2016 e janeiro de 2017, que era 12,9 milhões de pessoas.

 

NO CONGRESSO NACIONAL

Os presidentes da Câmara e do Senado, Rodrigo Maia (DEM-RJ) e Eunício Oliveira (PMDB-CE), seguem tentando trabalhar como se uma das mais graves crises políticas do Brasil não estivesse acontecendo nos seus “quintais”.

O primeiro continua arquivando os 13 pedidos de impeachment contra o atual presidente, emperrando a continuidade de um Projeto de Emenda à Constituição (PEC) sobre eleições diretas e tentando aprovar propostas de incentivo fiscal a municípios. Já no Senado o duelo é se prossegue ou não com a votação da polêmica reforma trabalhista.

Inclusive uma proposta aprovada nesta terça-feira (30) é de interesse dos prefeitos. O Congresso Nacional derrubou o veto parcial à Lei 157/2016, que reformulou o chamado Imposto sobre Serviços de Qualquer Natureza (ISS). Com isso, a cobrança do ISS será feita no município do domicílio dos clientes de cartões de crédito e débito, leasing e de planos de saúde e não mais no município do estabelecimento que presta esses serviços. Isso reforça o caixa das prefeituras.

 

PROPOSTAS EM ANÁLISE

A Câmara dos Deputados, mesmo meio estagnada diante dos escandalosos casos envolvendo os protagonistas da Casa, tenta deliberar ações interessantes e de relevante conhecimento da população.

Projetos de facilitação de adoção de crianças, de auxílio financeiro às Santas Casas de saúde, de fiscalização da internet, regulamentação de moedas virtuais, como o bitcoin, e proibição de venda de cigarros a menores de 21 anos são destaques nas Comissões.

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