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22/12/2019 às 09h00min - Atualizada em 22/12/2019 às 09h00min

Salvaterra

JOÃO BOSCO
Ainda na Ilha de Marajó, o mesmo jovem que me falou de Soure falou de Salvaterra, separadas apenas por um pequeno canal. Disse-me que os jesuítas depois de passarem muitos apuros na viagem de Portugal para o Brasil ao desembarcarem na ilha ergueram as mãos para o céu e disseram “Salve Terra”, em agradecimento aos santos por estarem vivos. Há versão de que não foi o apuro na viagem, mas, sim, a beleza natural da praia onde desembarcaram. Neste local, construíram uma igreja. Pelo sim, pelo não, fico com as duas versões. De fato, a beleza do local é esplendorosa e paradisíaca até. Mas é difícil de acreditar que, numa curva de praia, me deparei com recipientes de água sanitária, de refrigerantes, de Nescafé, de leite... recém utilizados e em processo lento de decomposição, se é que decompõem mesmo, trazidos pela maré, sei lá de onde, de uma palafita de Manaus, talvez... e no meio desses resíduos urubus e cachorros sarnentos. Salve Terra! Viva os cachorros e os urubus!

*Esta coluna é de responsabilidade do autor e não representa, necessariamente, a opinião do Diário de Uberlândia.


















 
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