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31/10/2019 às 12h57min - Atualizada em 31/10/2019 às 12h57min

Halloween do MP

LEANDRO MAZZINI
Os procuradores estaduais no Rio de Janeiro vivem seu dia de caça às bruxas. A sucessão de trapalhadas agora deixa a cúpula do Judiciário mais cautelosa em relação à força tarefa que investiga a morte da vereadora Marielle Franco. A reviravolta sobre o depoimento do porteiro do condomínio onde mora o presidente Jair Bolsonaro, na Barra da Tijuca – que, segundo a chefe da investigação, teria se enganado ou mentido – colocou a turma numa situação delicada. Além disso, faltou explicar como o inquérito sigiloso, sob tutela do MP, vazou para a TV Globo. Para piorar, sem apurar os áudios que supostamente complicaram Bolsonaro, houve consulta dos procuradores ao presidente do STF, ministro Dias Toffoli, para possibilidade de investigar o presidente da República – enquanto o trâmite seria através da Procuradoria Geral da República. (Ler mais na A5)
 
Bola rolando
Já a turma do MP Federal no Rio escanteia, até hoje, inquérito enviado pela ex-PGR Raquel Dodge sobre suposto pagamento de propinas da TV Globo a dirigentes da FIFA.
 
Detalhe...
...a emissora correu e demitiu os diretores que teriam se envolvido no suposto esquema.
 
Quem é o mentor?
A pergunta que se repete desde ontem nos meandros do Judiciário é por que um humilde porteiro enfrentaria, sozinho, a ira do ex-patrão e atual presidente do Brasil?
 
Óleo & preju
Deputados apresentaram e ainda aguardam respostas da presidência da Câmara e do Governo sobre pedidos relacionados ao desastre ambiental no litoral do Nordeste. Um deles, do deputado João Daniel (PT-SE), solicita que seja estabelecido um pagamento extraordinário aos pescadores artesanais enquanto durarem os serviços de limpeza na costa nordestina. Os prejuízos nos comércios locais já são significativos.
 
Seguro defeso 2.0
A ajuda, segundo o pedido do deputado, seria no valor de um salário mínimo, nos moldes do seguro defeso: “Esse acidente grave, de grandes proporções, causou um prejuízo enorme ao meio ambiente e à economia dos estados afetados”.
 
Fauna oleada
Dados de ONGs e entidades sobre o impacto das manchas de óleo divergem das informações divulgadas pelo Ibama. O levantamento mais recente do órgão sobre a fauna afetada, por exemplo, registra 18 tartarugas marinhas com óbito. ONGs que atuam no litoral nordestino já contabilizaram 25 tartarugas mortas.
 
Alô, alô!
Nove operadoras de telefonia encaminharam à Corregedoria-Geral da Justiça Eleitoral  informações sobre os números de linhas de quatro empresas e de seus sócios apontados como responsáveis pelo disparo de mensagens em massa pelo Whatsapp nas eleições do ano passado.
 
Off line
O pedido do TSE foi feito no âmbito da ação apresentada pelo PDT e Avante que pede a cassação da chapa do presidente Jair Bolsonaro e do vice Hamilton Mourão. Nextel, Sercomtel, Datora e Terapar informaram que não foram encontradas linhas em nome das empresas supostamente contratadas por apoiadores da campanha de Bolsonaro.
 
Indústria cresce
A utilização da capacidade de operação da indústria da construção foi de 62% em setembro, o maior nível desde dezembro de 2014. O dado constata que a ociosidade no setor é a menor dos últimos cinco anos. O indicador alcançou a média histórica pela primeira vez em quase cinco anos, conforme pesquisa da CNI.
 
Mas...
... A elevada carga tributária, a falta de demanda e o excesso de burocracia lideram a lista dos principais obstáculos enfrentados pela indústria da construção no terceiro trimestre deste ano.
 
Assalto oficial
Senadores da Comissão de Infraestrutura querem explicações do Ministério de Minas e Energia, Aneel e Operador Nacional do Sistema Elétrico sobre a consulta pública para alterar as regras sobre a energia solar que o consumidor gera a mais ao longo do dia e joga na rede da distribuidora de energia.
 
Policiais unidos
Enquanto os delegados questionam a interface na investigação, a Federação Nacional dos Policiais Federais reforça que “não vê qualquer problema na decisão do Ministério da Justiça e Segurança Pública que autoriza a Polícia Rodoviária Federal a participar de ações conjuntas com o MP, a Receita e outros órgãos”.

*Esta coluna é de responsabilidade do autor e não representa, necessariamente, a opinião do Diário de Uberlândia.
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