Diário de Uberlândia | jornal impresso e online Publicidade 1140x90
28/08/2019 às 13h01min - Atualizada em 28/08/2019 às 13h01min

Sinal vermelho

LEANDRO MAZZINI
Os resultados da pesquisa CNT/MDA, que mostram que a avaliação negativa do governo Jair Bolsonaro saltou de 19% em fevereiro para 39,5% neste mês, acenderam o sinal vermelho no Palácio do Planalto. Embora o presidente mantenha o hábito de ignorar e desqualificar sondagens, ministros e assessores da Presidência consideram os dados “preocupantes”. Saúde (30,6%), Meio Ambiente (26,5%) e Educação (24,5%) foram apontados pelos entrevistados como as áreas de pior desempenho de Bolsonaro. Palacianos correm para divulgar uma agenda positiva nos próximos dias.
 
A galope
Outro dado que preocupa o Governo é avaliação pessoal do presidente: recuou de 57,5% para 41%; A desaprovação foi de 28,2% para 53,7% entre fevereiro e agosto.
 
PGR
Hoje, o nome de Bolsonaro para a Procuradoria-Geral da República é o subprocurador Antonio Carlos Soares Martins, do Rio de Janeiro.
 
Fogo na língua
O ministro Onyx Lorenzoni queima a língua ao não revisitar a memória e citar incêndio da Catedral Notre Dame. Pelo visto, cuidamos bem do Museu Nacional do Rio.
 
Aliança...
Entidades nacionais e internacionais, além de ONGs, declaram apoio à ação movida pela Advocacia-Geral da União para que fabricantes de cigarro paguem pelas despesas do poder público com o tratamento de doenças relacionadas ao tabagismo. A ação foi protocolada pela AGU na Justiça Federal do RS no dia 21 de maio.
 
...contra tabaco
O pedido engloba os gastos dos últimos cinco anos na rede pública de saúde e indenização por danos morais coletivos. Entre as entidades que apoiam a ação contra a indústria tabagista estão a União Internacional contra a Tuberculose e Doenças do Pulmão, Bloomberg Philanthropies e a Aliança de Controle do Tabagismo.
 
Muita fumaça
Anda nervosa a assessoria da cigarreira Souza Cruz, que se recusou a responder demanda sobre Grupo de Trabalho, no Governo, que estudou redução da carga tributária
 
Queimadas
Em meio à crise das queimadas na Amazônia, a oposição na Câmara quer agilizar as audiências com ministros do Governo em comissões da Casa. Os requerimentos já foram aprovados. Dois deles, da deputada Fernanda Melchionna (PSOL-RS), convocam Marcos Pontes, da Ciência e Tecnologia, e Tarcísio Freitas, da Infraestrutura, para debaterem sobre o aumento do desmatamento.
 
Despesas
O aumento de despesas do Governo – em especial com pessoal e Previdência – levou à redução de 24% das despesas discricionárias no 1º semestre de 2019 em comparação ao mesmo período de 2018. As discricionárias são despesas que a União tem liberdade para definir a alocação dos recursos, de acordo com as necessidades.
 
O de sempre
Os orçamentos da Saúde, Educação e Transportes, por exemplo, caíram mais de 30% nos primeiros seis meses. A área da Saúde foi a que mais perdeu orçamento discricionário: caiu de R$ 16 bilhões entre janeiro e junho de 2018, para R$ 9,2 bilhões durante o mesmo período deste ano. Os dados são do Boletim Macrofiscal elaborado pela Secretaria de Política Econômica.
 
Herdeiro
Quem presenciou a cena ontem no restaurante Piantella, notou que o deputado João Campos (PSB-PE), filho do saudoso presidenciável Eduardo, herdou do pai a simpatia e a ginga política. Foi tietado pela maioria dos presentes às mesas, e posou para fotos.
 
Rota da gratidão
João Campos faz em Pernambuco a Rota da Gratidão, visitando as bases eleitorais para agradecer pela eleição para federal. Percebe que o País ainda vive um clima de 2018, dividido, e aponta o presidente Bolsonaro como um dos agentes protagonistas para a solução: “Quem teve o bônus da vitória tem o ônus de baixar a guarda”.


*Esta coluna é de responsabilidade do autor e não representa, necessariamente, a opinião do Diário de Uberlândia.
 
Leia Também »
Comentários »
Diário de Uberlândia | jornal impresso e online Publicidade 1140x90