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11/08/2019 às 13h17min - Atualizada em 11/08/2019 às 13h17min

Blindagem a Eduardo

LEANDRO MAZZINI
Senadores governistas atuam, nos bastidores, para blindar a indicação do deputado federal Eduardo Bolsonaro (PSL-SP) para o comando da Embaixada do Brasil em Washington, nos Estados Unidos. Com a confirmação do governo americano ao nome, o presidente Jair Bolsonaro deve enviar a indicação do filho ao Congresso nos próximos dias. Além da Comissão de Relações Exteriores, onde Eduardo será sabatinado, a ala governista atua para evitar avanços da PEC 120/19, que veda a prática de nepotismo na administração pública. A proposta recebeu o apoio de 40 dos 81 senadores e aguarda indicação de relator na Comissão de Constituição e Justiça.

Relator
Os aliados do Planalto querem emplacar o relator e evitar que a PEC 120 ofusque a tramitação da indicação de Eduardo Bolsonaro na CRE.

E agora, STF?
Na sexta à noite, líderes do Cidadania correram ao STF para impetrar mandado de segurança preventivo contra a indicação de Eduardo pelo presidente.

 
Deportação
O ministro da Justiça e Segurança Pública, Sergio Moro, não pretende acatar a recomendação do Ministério Público Federal para que a Portaria 666 seja revogada. Publicada há duas semanas, a norma estabeleceu regras sobre proibição de entrada de estrangeiros no País, deportação sumária e repatriação de pessoas.

Calma, gente
Questionada pela Coluna sobre a recomendação do MP, a assessoria do MJ informa que o ministro mantém o mesmo posicionamento, já divulgado, de que a portaria 666 apenas regulamenta a lei de imigração, vedando o ingresso no Brasil de estrangeiros suspeitos de envolvimento em crimes graves, como terrorismo ou exploração sexual.

Oficialmente
“O ministro Sergio Moro vê com surpresa os argumentos de que o Brasil não deve barrar o ingresso de estrangeiros envolvidos em crimes como esse”, complementa.
 
Tiro, porrada e bomba
Deputados da oposição pressionam, sem sucesso, o presidente da Câmara Federal, Rodrigo Maia, para votar projetos de Decreto Legislativo que sustam a Portaria do ministro Moro que autoriza a atuação das Forças Armadas durante os dias de manifestações de estudantes em Brasília.

‘Tsunami’
O MJ justifica que os agentes poderão agir “em caráter episódico e planejado” a pedido do Ministério da Educação. Ao contestar a portaria, PSOL e PT apontam que, além da Esplanada dos Ministérios, os efeitos da Portaria podem ser estendidos aos campi universitários. A UNE prevê ocupar ruas e campus em Brasília e 46 cidades.

 
Lousa & choque
Palmatória, que há décadas corrigiu muita gente veterana aí na praça, já era. Se for aprovado o PL 4012/19 do deputado Daniel Silveira (PSL-RJ), professores poderão utilizar armas de eletrochoque e sprays de pimenta para proteção pessoal, dentro e fora das salas. Ele justifica que o Brasil está no topo de um ranking de violência em escolas e o Estado é incapaz de garantir a segurança, “enquanto a delinquência grassa”.

 
Verticalização
As atribuições da Secretaria do Programa de Parcerias de Investimentos, ligada à Casa Civil da Presidência, serão ampliadas. O Planalto finaliza Decreto para que o órgão dê apoio a privatização, concessões e parcerias público-privadas nos Estados e municípios.

Juntos nos bilhões
No mês em que completa 78 anos, a Tigre entra na plataforma de marketplace da ‘Juntos Somos Mais’, fundada pela companhia em 2018, ao lado de Gerdau e Votorantim. Funciona como programa de benefícios para lojistas, seus vendedores e profissionais da obra. O marketplace da Juntos faturou nos últimos 12 meses R$ 6,7 bilhões e a projeção e movimentar cerca de R$ 10 bilhões até 2021.

Alíquotas
O Governo federal reduziu tarifas de importação de produtos de países que integram o Mercosul. Os principais itens são insumos industriais, produtos para construção e operação de centros de dados (datacenters), medicamentos para tratamento de pacientes com câncer e HIV/Aids, bens de consumo e produtos de higiene (fraldas e absorventes). As tarifas originais aplicadas eram de até 18%. As novas variam de zero a 2%.


*Esta coluna é de responsabilidade do autor e não representa, necessariamente, a opinião do Diário de Uberlândia.
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