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03/08/2019 às 11h00min - Atualizada em 03/08/2019 às 11h00min

Afinal, qual a cor da sua?

JOÃO BOSCO

Então! Você viu o ipê florido?  Se não! Agora só no ano que vem. A última florada ocorreu na segunda quinzena de junho. O príncipe da praça Dr. Duarte veio para deslumbrar. Vestiu-se de gala com flores compactas e de cor intensa. O sol deu vida ao roxo. Um roxo vivo que nada lembrava o leito de morte. Por duas semanas, as flores cobriram as calçadas, o asfalto negro e foram murchando e escurecendo, murchando e escurecendo até ficarem com tons de cinza, milhares de tons de cinza. E tem gente que não viu. E não é de se admirar. O cotidiano massifica, cada vez mais ficamos alheios à beleza da vida real. É preciso conexão com a natureza. Deixar um pouco o mundo virtual. Há jovens que discorrem muito bem sobre física quântica, mas não sabem contar estrelas, aliás, nem sabem que elas existem. Que elas existem, por exemplo, para mostrar o quanto somos pequenos. A rigor, para perceber o ipê florido, é preciso conexão consigo mesmo. Contudo, há casos extremos de alheamento em que a pessoa não sabe nem a cor da roupa íntima que veste. Afinal, qual a cor da sua?


*O conteúdo desta coluna é de responsabilidade do autor e não representa, necessariamente, a opinião do Diário de Uberlândia.

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