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25/06/2024 às 17h34min - Atualizada em 25/06/2024 às 17h34min

Potencial de consumo em Uberlândia sobe para R$ 34 bilhões em 2024

Pesquisa do IPC Maps revela um aumento de 14,4% em relação ao ano passado; cidade é a segunda colocada no ranking estadual

JUAN MADEIRA | DIÁRIO DE UBERLÂNDIA
Estudo auxilia a abertura de novos empreendimentos na cidade | Foto: Agência Brasil
A pesquisa “IPC Maps 2024” revelou um crescimento no potencial de consumo em Uberlândia, que passou de R$ 29,8 bilhões em 2023 para R$ 34,1 bilhões este ano, um aumento de 14,4%. No estado de Minas Gerais, a cidade é a segunda colocada no ranking de maior potencial de consumo, ficando atrás apenas da capital Belo Horizonte. 

O levantamento calcula o orçamento total das famílias para adquirir determinados serviços e produtos ao longo do ano, como alimentação dentro e fora do domicílio, habitação, eletrônicos, vestuário, veículo próprio, medicamentos, plano de saúde, viagens, recreação e cultura, educação e outros. 

O estudo considera os cidadãos incluídos nas classes sociais A, B, C, D e E. Atualmente, 3,9% dos domicílios em Uberlândia são da classe A, 25,9% classe B, 52% classe C e 18,1% das classes D e E. 

Ainda de acordo com a pesquisa, o potencial de consumo na área urbana do município subiu de R$ 29,4 bilhões em 2023 para R$ R$ 33,6 bilhões em 2024. Já na área rural aumentou de R$ 463 milhões para R$ 504 milhões. O Produto Interno Bruto (PIT) per capita também cresceu de R$ 53 mil para R$ 61 mil.

Em relação às principais prioridades de consumo da população, a habitação lidera com 21,87%, seguido por veículo próprio (11,99%) e alimentação no domicílio (8,35%). Outras áreas de destaque incluem plano de saúde e tratamento médico e dentário (4,12%), materiais de construção (4,16%), medicamentos (3,23%), higiene e cuidados pessoais (2,82%) e educação (2,84%).


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Em entrevista ao Diário, o economista Cesar Piorski esclareceu que o crescimento no potencial de consumo reflete a expansão econômica de Uberlândia e o aumento do poder de compra da população. Dessa forma, o município se destaca como um polo de desenvolvimento no Brasil e reforça seu papel estratégico para investimentos e planejamento econômico.

O profissional explicou que o potencial de consumo diz respeito ao tamanho do mercado e está diretamente relacionado às cidades economicamente prósperas. “As categorias de consumo estão relacionadas ao salário e ao poder aquisitivo das famílias. Se aumenta o potencial, o mercado consumidor também cresce, incentivando o empreendedorismo, por exemplo”.

Cesar detalhou que para sustentar novos negócios, quem quer montar um empreendimento pode consultar o estudo e entender quais são os mercados com maior potencial. “Isso também facilita a implementação de empreendimentos e políticas públicas, pois o gestor tem uma ideia melhor do perfil socioeconômico da cidade, direcionando melhor os recursos”.

Piorski destacou que Uberlândia vem se desenvolvendo nos últimos 15 anos, sendo um polo de atração no estado. “Várias pessoas do interior do estado vêm para a cidade, gerando uma economia de aglomeração com maior facilidade de criar uma estrutura economicamente viável”, informou.

A PESQUISA
O porta-voz do IPC Maps, Marcos Pazzini, explicou que as informações da pesquisa tendem a ser usadas como parâmetro para abertura de novos empreendimentos, dimensionamento de cotas de vendas por áreas de distribuidores, entre outras aplicações. “De 2023 para 2024, o potencial de consumo de Uberlândia avançou em termos reais, elevando a cidade da 25ª posição no ano passado para a 22ª posição em 2024. Esse crescimento real coloca Uberlândia em destaque entre os maiores mercados consumidores do país”.

Além disso, a quantidade de empresas em Uberlândia cresceu de um ano para o outro, passando de 108.394 empresas em 2023 para 118.296 empresas em 2024. A média de crescimento na cidade foi superior à média de Minas Gerais (8,2%) e à média nacional (8,1%). “Como nosso estudo trata de potencial de consumo, que depende de renda, que depende de emprego, que depende de empresas, esse crescimento mostra que o potencial de consumo deve continuar em ascensão nos próximos anos”.

Pazzini também detalhou a evolução da pesquisa de potencial de consumo realizada pelo IPC Maps desde 1995. “Em 1995 e 1996, trazíamos informações para municípios com mais de 20.000 habitantes. A partir de 1997, aumentamos a abrangência para todos os municípios brasileiros. Desde 1999, incorporamos informações sobre a quantidade de empresas em cada município. Ao longo dos anos, aprimoramos a metodologia dos cálculos de potencial de consumo, detalhando as informações para bairros em 221 municípios brasileiros”, finalizou. 

RANKING DO POTENCIAL DE CONSUMO MINAS GERAIS
  • Belo Horizonte: R$ 115,6 bilhões
  • Uberlândia: R$ 34,1 bilhões
  • Contagem: R$ 28,4 bilhões
  • Juiz de Fora: R$ 26 bi
  • Betim: R$ 15,9 bi
  • Uberaba: R$ 15,1 bi
  • Montes Claros: R$ 14 bi
  • Divinópolis: R$ 10,4 bi
  • Governador Valadares: R$ 10 bi
  • Ribeirão das Neves: R$ 9,9 bi
  • Ipatinga: R$ 9,8 bi
  • Sete Lagoas: R$ 9,7 bi
  • Poços de Caldas: R$ 7,8 bi
  • Santa Luzia: R$ 7,5 bi
  • Pouso Alegre: R$ 7,1 bi
  • Patos de Minas: R$ 6,4 bi
  • Varginha: R$ 6,2 bi
  • Conselheiro Lafaiete: R$ 5,7 bi
  • Nova Lima: R$ 5,3 bi
  • Ibirité: R$ 5,3 bi

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