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18/04/2024 às 08h55min - Atualizada em 18/04/2024 às 08h55min

Gaeco cumpre mais de 100 mandados contra integrantes do PCC em Uberlândia

Integrantes da organização foram presos nos bairros Canaã, Laranjeiras, Integração, Morumbi, Alvorada e Shopping Park na manhã desta quinta (18)

REDAÇÃO I DIÁRIO DE UBERLÂNDIA
Ao todo, são cumpridos 116 mandados de prisão e 11 de busca e apreensão I Foto: Gaeco/Divulgação

Mais de 120 mandados são cumpridos na manhã desta quinta-feira (18) em Uberlândia durante a "Operação Decretados", deflagrada pelo Grupo de Atuação Especial no Combate ao Crime Organizado (Gaeco). A ação mira integrantes de uma das principais facções criminosas do país, o Primeiro Comando da Capital (PCC).

Segundo informações, são 116 mandados de prisão preventiva e 11 de busca e apreensão cumpridos durante a ação policial nos bairros Canaã, Laranjeiras, Integração, Morumbi, Alvorada e Shopping Park. Também foram realizados mandados nas cidades de Tupaciguara, Ituiutaba e em presídios espalhados por Minas Gerais e São Paulo.


As investigações começaram a partir do levantamento de informações de que parte da facção criminosa teria recebido, dentro de uma ala do Presídio Prof. Jacy de Assis, em Uberlândia, uma remessa de drogas e aparelhos celulares, tendo em vista que o equipamento "body scan" estava com defeito, bem como de que existia um plano para executar um policial penal.

Após uma incursão nas celas da ala, conhecida como "Pavilhão do PCC", foram apreendidas várias porções de drogas, quatro aparelhos celulares, bem como diversas anotações contendo cadastro de presos faccionados e um levantamento dos setores que a facção criminosa comandava dentro do presídio, como venda de entorpecentes, aluguel de quadra de futebol, apostas de partidas de futebol, dívidas, dentre outros.

A partir da prova documental colhida e extração dos aparelhos celulares, descobriu-se que a organização criminosa contava com um rígido controle dos faccionados, com menção do nome do integrante, data de nascimento, idade, nome da mãe, data e local de batismo, "origem da quebrada" e até mesmo um controle se o faccionado era de outro estado.

Os elementos de provas colhidos revelam que os faccionados eram divididos em núcleos, os quais servem para distribuir as tarefas e permitir que os integrantes que atuam na disciplina possam acompanhar os andamentos dos trabalhos da organização criminosa. A organização utiliza essas práticas como formas de consolidar seu poder dentro do sistema prisional, criando uma economia paralela que beneficia seus interesses. Dentre os núcleos de atuação da facção criminosa, estão as áreas de esporte, tabacaria, jogo do bicho, disciplina, cadastro, lista negra, papelaria e almoxarifado.

Além disso, o Gaeco concluiu que os presos faccionados recolhidos no Presídio Prof. Jacy de Assis mantêm contato com outros integrantes da organização criminosa que permanecem soltos e cumprem ordens para a prática de crimes e movimentação de valores em prol do PCC. Além disso, o entorpecente utilizado dentro da unidade prisional serve como uma espécie de câmbio local, o que significa que toda dívida criada pelo comando era convertido primeiro em entorpecentes, e depois em moeda real.

Atuaram na operação quatro Promotores de Justiça, dois Delegados de Polícia; 20 policiais civis, 30 policiais militares e 21 agentes do Gaeco. A operação contou ainda com um helicóptero e 27 viaturas.


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