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17/12/2023 às 11h00min - Atualizada em 17/12/2023 às 11h00min

Reajuste na mensalidade das escolas particulares, em Uberlândia, pode chegar a 12% em 2024

De acordo com o Sinepe, o aumento leva em consideração a projeção dos custos das instituições, incluindo salários dos professores

JUAN MADEIRA | DIÁRIO DE UBERLÂNDIA
Reajuste será aplicado em todas as unidades privadas que oferecem desde ensino infantil até superior | Foto: Agência Brasil
A partir de 2024, as instituições de ensino privado em Uberlândia e região terão reajuste no valor da  mensalidade. Conforme as projeções do Sindicato das Escolas Particulares do Triângulo Mineiro (SinepeTM), o aumento previsto varia de 10% a 12%.
 
A presidente do sindicato, Átila Rodrigues afirmou que o reajuste será aplicado em todas as unidades privadas que oferecem desde ensino infantil até superior, abrangendo inclusive escolas com cursos profissionalizantes. A estimativa não se estende às escolas de idiomas.
 
Átila esclareceu que o ajuste é estabelecido por meio de uma planilha de custos que considera todos os custos das instituições, divididos pelo número de alunos pagantes. Em 2023, o aumento no preço da mensalidade também chegou a 12%.
 
“A planilha é minuciosa, detalhando os custos do processo pedagógico, impostos, educação inclusiva e salários dos professores. Esses valores são divididos pelo número de alunos. Essa abordagem permite uma visão detalhada dos gastos, garantindo uma fixação correta do ajuste”, aponta.
 
O cálculo do reajuste para 2024 também considera os salários dos professores. “Enquanto em 2020 não houve alterações nos ganhos da classe, tanto 2021 quanto 2022 registraram correções, períodos nos quais as escolas locais não atualizaram seus preços”, explica.
 
Na prática, a presidente explica que as escolas privadas dividem a anuidade estabelecida em mensalidades, podendo oferecer 10, 12 ou até 13 parcelas, dependendo da natureza contínua dos serviços. "A quantidade de parcelas depende do acordo entre os pais e a escola. O correto é dizer que se reajusta a anuidade, não a mensalidade. Portanto o que varia é aquele valor fixo para o ano inteiro", esclareceu a representante do Sinepe.


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INADIMPLÊNCIA
Átila afirmou ainda que a questão da inadimplência é outro fator levado em conta pelas instituições de ensino na hora de fazer o reajuste. “Se houver inadimplência ao longo do ano letivo, nenhuma punição de natureza pedagógica pode ser aplicada, como provas suspensas ou frequência alterada. Porém a escola não é obrigada a matricular o aluno”.
 
Em dezembro de 2022, o Diário noticiou que a pandemia da covid-19 teve influência direta no reajuste previsto para o ano de 2023. Isso porque o período pandêmico gerou alto índice de inadimplência nas escolas particulares, devido ao momento econômico vivido no país. De acordo com Átila, a evasão escolar registrada em 2021 segue prejudicando as instituições da cidade, que tiveram perda de 25% do número de alunos e recuperaram apenas 10% até o fim de 2023.
 
IMPACTO
Simone Maria é mãe de uma estudante do ensino básico, matriculada em uma escola particular da cidade. Para ela, o ajuste estabelecido para o ano que vem não impactou seu orçamento familiar a ponto de exigir mudanças significativas no orçamento.
 
No entanto, Simone acredita que a mudança não está relacionada diretamente a melhorias na educação. “Acredito que o aumento está ligado com a finalidade de obter lucros financeiros para a instituição. Uma vez que não acredito que as instituições vão repassar na mesma proporcionalidade os reajustes aplicados para o seu quadro de pessoal”. 
 
Ao abordar como outras famílias estão lidando com o aumento, Simone observou que, nas conversas com outras mães, o foco não tem sido tanto o valor em si, mas sim a qualidade do ensino oferecido.

 
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