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07/12/2023 às 11h05min - Atualizada em 07/12/2023 às 11h05min

Tráfico de drogas lidera índice de denúncias feitas pelo Disque 181 em Uberlândia

Apreensões de entorpecentes aumentaram 14% neste ano, aponta levantamento

JUAN MADEIRA | DIÁRIO DE UBERLÂNDIA
DDU recebeu um total de 3.232 chamados relacionados a ocorrências em Uberlândia | Foto: Gil Leonardi/Imprensa MG
O tráfico de drogas lidera o número de denúncias feitas através do Disque 181, em Uberlândia, representando mais da metade das queixas realizadas na cidade. De janeiro a outubro deste ano, foram registrados 1.743 relatos em relação ao crime, dos quais 622 resultaram em prisão.
 
O levantamento do Disque Denúncia Unificado (DDU) revelou ainda que, neste ano, até o dia 24 de novembro, foram registradas um total de 3.232 denúncias pelo canal, um aumento de 5,3% em relação a 2022, quando foram apontadas 3.069 delações. Do número total de queixas, o tráfico de drogas é seguido pelos maus-tratos a animais (348), questões ligadas ao estatuto do idoso (100), e foragidos ou procurados (57).
 
OCORRÊNCIAS E APREENSÕES
De janeiro a outubro de 2022 foram registradas 853 ocorrências de tráfico em Uberlândia, enquanto no mesmo período de 2023, o valor saltou para 1.257, representando um aumento de 50%. Este ano, 1.311 pessoas foram detidas pela prática do crime.
 
O número de apreensões de drogas aumentou 14% entre janeiro e setembro - em relação ao ano passado. Segundo dados do Observatório de Segurança Pública, no ano de 2022 foram contabilizadas 1.626 ocorrências relacionadas ao tráfico de drogas, enquanto em 2023, esse valor atingiu 1.856. O índice equivale a uma média de três apreensões de entorpecentes por dia. Os registros de alguns dos casos podem não ter sido enquadrados como crime de tráfico, mas sim em alguma outra tipificação, como a porte de drogas para uso pessoal, por exemplo.


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DESTINO
Em relação à destinação de drogas apreendidas, o delegado chefe da Polícia Civil, Marcos Tadeu de Brito Brandão, informa que o material é incinerado. "Quando encontramos uma plantação de maconha, por exemplo, é inviável armazená-la. Por isso, procedemos à incineração da droga, seguindo prazos específicos estabelecidos. Grande parte é queimada, enquanto pequenas porções são reservadas para fins periciais”, destacou o delegado.

 
DISQUE DENÚNCIA
Em entrevista ao Diário, Marcos Tadeu explicou ainda que o Disque Denúncia é destinado a receber, de maneira anônima, informações dos cidadãos sobre crimes, auxiliando o trabalho policial.
 
O delegado adverte que o foco do serviço é o atendimento de denúncias anônimas que resultem em investigação e não de situações emergenciais, como assaltos e demais ocorrências. “Nesses casos, a população pode acionar os números 190 (Polícia Militar), 193 (Corpo de Bombeiros) e 197 (Polícia Civil).
 
“Por meio do 181 a identidade do denunciante é preservada. O estado encontrou essa opção para combater a criminalidade, porque as pessoas tinham medo de denunciar. Depois das queixas, as forças policiais checam se aquela informação é verdadeira ou não”, explica.
 
Para denunciar basta ligar, gratuitamente, para o número 181. O Disque funciona com uma central de atendimento unificada, ativa 24 horas para atender à população. “Cada denúncia registrada é encaminhada para uma equipe de analistas composta por integrantes da Polícia Civil, da Polícia Militar e do Corpo de Bombeiros”.
 
De acordo com o delegado, várias ações da Polícia Civil, em Uberlândia, foram iniciadas através do 181. “As situações envolvem não apenas apreensão de entorpecentes, mas também veículos provenientes de crimes, foragidos da Justiça, entre outros. Nós realizamos um trabalho investigativo preliminar, analisamos a procedência da informação e então organizamos uma operação. Podemos efetuar prisões ou realizar buscas e apreensões nos locais indicados, encontrando objetos de origem ilícita”, explica.
 
O policial reforça, por fim, que o apoio da população é imprescindível na cooperação com o trabalho policial. “É fundamental que a comunidade dê o pontapé inicial para que possamos agir. Essa colaboração inicial é essencial para que possamos investigar e tomar medidas apropriadas”.



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