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08/11/2023 às 11h15min - Atualizada em 08/11/2023 às 11h15min

Homem que tentou matar a ex-mulher na frente dos filhos é condenado a 14 anos de prisão em Uberlândia

William Almeida Moreira espancou e esfaqueou a vítima, que foi abandonada na MGC-497 em dezembro de 2022

REDAÇÃO I DIÁRIO DE UBERLÂNDIA

A Justiça condenou a 14 anos de prisão em regime fechado o réu William Almeida Moreira, acusado de tentar matar a ex-esposa em Uberlândia. O crime foi registrado no dia 26 de dezembro de 2022 e o júri popular aconteceu nesta terça-feira (7), na Comarca de Uberlândia.

William foi preso logo após o crime. Na época, ele esfaqueou e espancou a ex-companheira, de 34 anos, na presença dos filhos. Depois da tentativa de homicídio, a vítima foi abandonada por ele às margens da MGC-497.

A Polícia Militar (PM) foi quem atendeu a ocorrência. Uma testemunha acionou a corporação, afirmando ter ouvido gritos de socorro da mulher. Ao chegar ao local, os militares constataram que as portas da casa estavam arrombadas, com objetos quebrados e gotas de sangue, mas a vítima não foi encontrada na cena do crime.

As duas crianças, sendo uma de sete e outra de 10 anos, estavam sozinhas no quarto dos fundos. Testemunhas relataram que o casal havia se separado recentemente e que a vítima havia acabado de alugar o imóvel. Após as buscas, o homem acabou preso e a mulher foi encontrada por uma testemunha que passava pela rodovia no início da manhã. À época, o tenente da Polícia Militar, Igor de Paula, comentou o caso.

"Às 5h30 recebemos uma chamada de uma testemunha que quase atropelou a vítima. Ela estava bastante ferida, ensanguentada, com esgorjamento na parte frontal do pescoço, por milímetros de pegar a via jugular. Se tivesse ferido a jugular, ela com certeza teria ido a óbito. Ela quase morreu no local", disse.

AUMENTO DA SENTENÇA
A reportagem entrou em contato com o advogado de acusação, Marcelo Vieira Maciel Júnior, que informou que entrará com um recurso pedindo um aumento da pena para William Almeida Moreira. Segundo o advogado, a confissão e a primariedade, ou seja, a ausência de antecedentes criminais, são fatores atenuantes que diminuíram a pena do autor, de 20 para 14 anos.

"Pela repercussão e pela brutalidade do que ele fez com a vítima, vamos tentar fazer um recurso para tentar aumentar a pena dele. A confissão e a primariedade são causas de diminuição de pena", explicou o advogado.

Questionado sobre o estado de saúde da vítima, Marcelo disse que a mulher ficou 46 dias internada no Hospital de Clínicas da Universidade Federal de Uberlândia (HC-UFU), sendo que 14 foram na Unidade de Terapia Intensiva (UTI). Depois disso, a mulher recebeu alta e passa bem. Apesar disso, o advogado conta que ela teve sequelas físicas e psicológicas após o ocorrido.

"O psicológico dela é abalado até hoje. No momento do júri popular, ela ficou muito emotiva. Ela ficou com várias cicatrizes e até hoje ela tem dificuldades para se alimentar por conta das perfurações no pescoço", disse o advogado.

A Defensoria Pública, encarregada pela defesa de William, foi procurada pelo Diário e informou que só se posiciona nos autos do processo. 

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