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22/08/2023 às 10h00min - Atualizada em 22/08/2023 às 10h00min

Tiroteio no Gressu: investigação conclui que policial penal à paisana agiu em legítima defesa

Polícia Civil vai sugerir o arquivamento das investigações; relembre o caso

IGOR MARTINS I DIÁRIO DE UBERLÂNDIA
Ocorrência terminou com a morte da sargento Stephanie Magalhães, atingida por disparos de arma de fogo de Isaque Frederico Silva Ferreira I Foto: Arquivo Pessoal

A Polícia Civil (PC) vai sugerir o arquivamento das investigações que apuram o tiroteio ocorrido no Clube Militar de Subtenentes e Sargentos de Uberlândia (Gressu), registrado em julho deste ano. O caso terminou com a morte da sargento Stephanie Magalhães, de 26 anos, atingida por disparos de arma de fogo de Isaque Frederico Silva Ferreira, de 32, que também morreu no local. A conclusão é que o policial penal à paisana que atirou contra o agressor agiu em legítima defesa em nome de terceiros.

A informação foi confirmada ao Diário pelo delegado-chefe da Polícia Civil, Marcos Tadeu de Brito Brandão. De acordo com ele, o inquérito sobre o caso está a detalhes processuais de ser concluído. A expectativa é de que a sugestão de arquivamento seja encaminhada ao Poder Judiciário ainda nos próximos dias.

Registrado no dia 15 de julho, o tiroteio aconteceu durante uma festa julina no Gressu. Stephanie foi morta por Isaque, colega de trabalho dela. A mulher e o namorado, também militar do Exército, foram atingidos com disparos feitos pelo agressor, que foi morto ao ser baleado por um policial penal à paisana. Conforme relatos de testemunhas, o autor alimentava sentimentos pela vítima, mas não era correspondido. Na ocasião, o policial alegou ter agido em legítima defesa. Confira o relato dele à Polícia Militar (PM) no dia do ocorrido.

 

"Eu estava na festa julina do Gressu com a minha esposa e meu filho [militar do exército], aproximadamente 5 metros do local dos fatos, quando escutei o primeiro disparo de arma de fogo em um rapaz, eu vi um clarão, depois eu vi a arma de fogo na mão dele e atirando contra uma mulher, ela caiu e ele começou a efetuar disparos na cabeça da vítima. Diante da situação, eu saquei minha arma de fogo e efetuei apenas um disparo para que ele não matasse a moça. Após efetuar o disparo no autor, ainda escutei mais um disparo efetuado pelo autor. Após o fato, falei para os militares do exército para que chamasse uma ambulância para socorrer todos os feridos, peguei a arma de fogo do autor, pois havia muita gente no local. Com medo de represália no local, eu desloquei para a Delegacia. Nesse caminho, eu recebi uma ligação do tenente do tático móvel, e combinamos de encontrar na Delegacia de Plantão. Assim, apresentei para o delegado, explicando toda a situação", disse.


VERSÃO CORRESPONDE
Segundo Marcos Tadeu, a versão do policial penal sobre o ocorrido corresponde com o laudo pericial de corpo delito do autor e com a apuração feita pela perícia da Polícia Civil no Gressu no dia do tiroteio. A oitiva do agente também é corroborada por versões de testemunhas que presenciaram o fato.

"O policial penal foi ouvido na Delegacia de Plantão com as demais testemunhas e o conjunto é bem coeso no sentido da legítima defesa. No local dos fatos, foi encontrada uma única cápsula de calibre .40, que era a arma do policial. Nas oitivas, ele afirmou que fez um único disparo, e isso corrobora com o laudo de corpo delito do agressor bem como o laudo pericial do local em que foi encontrada apenas uma cápsula. Ele utilizou moderadamente dos meios necessários para fazer cessar a injusta agressão. Vamos sugerir o arquivamento em razão de que ele agiu em legítima defesa, e porque o agressor faleceu no local, ocorrendo a extinção de punibilidade", explicou o delegado.


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