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25/06/2023 às 10h00min - Atualizada em 25/06/2023 às 10h00min

Condomínios verticais lideram índice de imóveis lançados em Uberlândia, em 2023

Categoria representa quase 80% das unidades disponibilizadas para venda no 1º trimestre

SÍLVIO AZEVEDO | DIÁRIO DE UBERLÂNDIA
Oferta de imóveis cresceu 22,7% no primeiro trimestre de 2023, em Uberlândia | Foto: Celso Ribeiro/Arquivo Diário
Um levantamento divulgado pelo Sindicato da Indústria da Construção Civil do Triângulo Mineiro e Alto Paranaíba (Sinduscon-TAP) revelou um aquecimento da construção de condomínios verticais, em Uberlândia, neste ano. De acordo com a pesquisa, dos 5.807 imóveis lançados no mercado, no 1º trimestre de 2023, 79%, ou 4.623, referem-se à categoria de residenciais verticais. 

A pesquisa, realizada pelo Grupo Brain, referência em estudos no setor imobiliário e da construção civil, mostrou ainda que o mercado residencial horizontal foi responsável por 20% dos lançamentos, com 1.170 imóveis no total. O setor comercial vertical aparece na sequência, com 14 unidades construídas (0,2% do total). 

Em relação aos imóveis comercializados, o maior crescimento foi percebido nas unidades residenciais horizontais, com um salto de 157, no mesmo período de 2022, para 219 em 2023 (alta de 39%). Já os verticais passaram de 467 para 547, um aumento de 17%. De uma forma geral, o setor imobiliário na cidade registrou uma média de crescimento de 22% na comparação com o primeiro trimestre de 2022.

Em entrevista ao Diário, o presidente do Sinduscon-TAP, Pedro Spina, destacou o cenário favorável na cidade. “Somada à facilidade de construção da cidade, topografia, empreendedorismo das empresas, a demanda, já que a cidade atrai muita gente da região e de São Paulo, Brasília, Goiânia. Então, quem vem para Uberlândia precisa de moradia e a cidade tem um mercado interessante”, afirmou.
 
Pedro lembra que, desde o início da pesquisa, que está na sua 7ª edição, Uberlândia sempre se destacou nos quesitos lançamento e vendas de imóveis, sendo apontada como o maior mercado do interior do país.

“No começo da pesquisa, devíamos muito isso aos imóveis econômicos, como os do programa Minha Casa Minha Vida, que representava 80% dos lançamentos. Com o tempo foi diminuindo e, hoje, chegamos a 39% desses imóveis. Com isso, a cidade começou a apresentar outras particularidades, começaram a aparecer imóveis de classe média e alguns de luxo, que atribuímos ao crescimento da Zona Sul. Houve um deslocamento de investimentos, principalmente da pandemia pra cá, para os condomínios da Zona Sul”.

O presidente do Sinduscon-TAP acredita que, com o relançamento do programa Minha Casa Minha Vida, com o aumento do valor do imóvel financiado de R$ 264 mil para R$ 350 mil, fará com que o setor cresça ainda mais. 

“Estamos bastante empolgados, pois duas coisas estão acontecendo. Primeiro é advindo da Zona Sul, que tem sido puxado para lá. E agora, também, a retomada do programa MCMV, que dará outra impulsionada. Talvez não atinja os 80% que era, mas o índice deve subir. O mercado está aquecido. Lança-se muito e vende muito. Temos um baixo estoque. Lançamos em torno de 7 mil imóveis por ano e vendemos cerca de 7 mil. Nosso estoque sempre foi abaixo do limite”, disse.

Entre os empreendimentos que apresentaram bons números, aparecem as unidades comercializadas pela Tamboré Urbanismo. Segundo o presidente, Gustavo Henrique Camargos Barbosa, todos os lançamentos de condomínios estão com quase 100% de lotes e imóveis vendidos.

“No lançamento do Tamboré, há quase três anos, deu briga para comprar e acabou no primeiro dia. E assim está sendo em todos os lançamentos, principalmente na Zona Sul e no Granja Marileuza, onde tem mais valorização. Até o final do ano passado foi excelente. Com a mudança do governo deu uma caída, mas ainda assim, está vendendo bastante”.

Sobre os dados da pesquisa, Gustavo acredita no potencial que a cidade tem para novos lançamentos e vendas de unidades, e aponta que os números poderão ser melhores com o retorno do Minha Casa Minha Vida. “Como o governo mexeu agora, vai dar uma alavancada boa. Imóveis entre R$ 300 mil e R$ 500 mil não estão vendendo. Os extremos estão vendendo, os abaixo de R$ 200 mil e acima de R$ 1,5 milhão. Com isso dará uma ajuda grande”.

Outra incorporadora que viu o mercado uberlandense com bons olhos foi a Brasal. De acordo com o diretor regional da empresa, Sebastião Longuinho, os números apresentados mostram o potencial da região.

“Notamos um movimento similar ao apresentado pela pesquisa. Houve um crescimento nas vendas, o setor tem se mostrado resiliente. Notamos quando avaliamos e cruzamos os dados de 2022 e 2023, desempenho superior nesse primeiro semestre de cerca de 15% acima do que foi realizado em 2022”.

Para o diretor, a Zona Sul da cidade pode ser apontada como uma das responsáveis pelo crescimento do mercado na cidade. “A Zona Sul realmente se tornou uma espécie de desejo. Região muito próspera, com projetos muito bem concebidos. Quando nós olhamos o desempenho de vendas desses empreendimentos que temos lançados, hoje temos em fase de desligamento, metade da obra e outros mais recentemente, mas todos acima do que planejamos como desempenho inicial na viabilidade. Performances muito favoráveis”.

Os resultados impulsionaram os investimentos da Brasal, que optou por abrir uma sede filial na cidade. “Estamos reforçando a posição de mercado de Uberlândia e mostrando como estamos animados e felizes com os resultados alcançados. Fizemos um investimento significativo para realmente aproveitar esse mercado forte que tem se apresentado a Brasal e acreditando muito no futuro do mercado de Uberlândia”, disse Sebastião.

Com o mercado aquecido, o diretor disse que a incorporadora planeja novos lançamentos. “Temos três produtos em desenvolvimento. Esperamos com bastante ansiedade o primeiro lançamento fora da Zona Sul. Vamos levar nosso conceito para o Santa Mônica, na região da Universidade Federal de Uberlândia (UFU). Depois temos outros dois em desenvolvimento para colocarmos no mercado”. 


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