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07/06/2023 às 11h00min - Atualizada em 07/06/2023 às 11h00min

Empresa processa 14 skatistas por invasão de galpão em Uberlândia

Proprietária do terreno pede a responsabilização do grupo por danificação de patrimônio privado; relembre o caso

REDAÇÃO I DIÁRIO DE UBERLÂNDIA
Galpão foi desocupado em abril, após decisão do TJMG I Foto: Reprodução/Instagram

Pelo menos 14 pessoas estão sendo processadas criminalmente pela invasão do imóvel conhecido como "Galpão", localizado na avenida Floriano Peixoto, no bairro Brasil, em Uberlândia. O local foi alvo de polêmica em abril deste ano, quando o Tribunal de Justiça de Minas Gerais (TJMG) determinou a desocupação do espaço por skatistas que frequentavam o local.

De acordo com a
 ABP Administração e Participação Ltda, empresa proprietária do terreno, a lista de pessoas processadas pode aumentar dependendo da análise e conclusão das denúncias apresentadas ao Ministério Público (MP). O caso já teve três decisões judiciais favoráveis aos proprietários na esfera cível, todas no sentido de reconhecer a legitimidade e manutenção da posse do Galpão.

O local ficou desocupado por alguns anos, mas conforme relatado pela empresa, o imóvel não estava abandonado e era mantido limpo, cercado e com segurança regular. De acordo com a responsável pelo espaço, o grupo de skatistas usou o local para promover a prática do esporte sem autorização, motivo do conflito entre o grupo e os proprietários do imóvel. 

Inicialmente, estão sendo processadas 14 pessoas por condutas apontadas nos boletins de ocorrência e consequentemente nas representações criminais, entre eles esbulho possessório (uso de força para adentrar ao imóvel), destruição ou danificação de patrimônio privado, invasão, além de crimes previstos como supressão de tapume, incitação ao crime e eventual formação de quadrilha.

O processo está com o Ministério Público, que requereu à Justiça o envio das Certidões de Antecedentes Criminais (CACs) de todos os representados/noticiados. As eventuais penas podem variar conforme o entendimento de quais foram as condutas praticadas por cada um dos noticiados, bem como da conclusão final do Poder Judiciário.

A empresa responsável pelo terreno informou ainda que, juntamente com as notícias crime, foram apresentados vídeos e fotos das invasões e dos eventos realizados no imóvel.

O Diário entrou em contato com a defesa da Associação Galpão Skate Udi DIY, que relatou que está cuidando do assunto e que continuará defendendo os interesses do grupo de skatistas da cidade.

 

"A empresa está instrumentalizando o Judiciário e o Ministério Público para obter interesses particulares. Vamos continuar denunciando o abandono daquela área, a forma que nunca cumpriu sua função social e continuaremos defendendo que os skatistas tenham um espaço para a manifestação esportiva, seja amador ou de alto rendimento", disse a defesa.



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