O boletim epidemiológico da Secretaria de Estado de Saúde (SES-MG), divulgado nesta terça-feira (21), revelou que mais oito casos suspeitos de chikungunya foram registrados em Uberlândia. O informe aponta ainda um aumento de 62% no número de notificações prováveis de dengue.
Em uma semana, a quantidade de casos suspeitos de chikungunya saltou de três para 11, porém sem nenhum óbito. Uberlândia e Patos de Minas são as cidades da região do Triângulo Mineiro com mais notificações prováveis da doença, seguida por Uberaba (10), Patrocínio (7) e Araguari (6).
Em relação à dengue, o município de Uberlândia registrou 1,5 mil novos casos suspeitos, passando de 2.431 para 3.940. O número de óbitos confirmados segue em três.
Uberlândia se mantém como a cidade com mais casos prováveis de dengue. Em seguida, aparece Uberaba (2.942), Ituiutaba (1.769), Patos de Minas (894), Patrocínio (665), e Araguari (218).
Por fim, o boletim epidemiológico informa que Uberlândia ainda não computou casos suspeitos de zika vírus.
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AÇÕES NA REGIÃO
Na última segunda-feira (20), a SES-MG realizou uma capacitação de atendimento ao paciente com suspeita de dengue, chikungunya e zika, com apoio da Organização Pan-Americana de Saúde (OPAS). A ação teve como objetivo instruir os profissionais sobre manejo clínico para evitar o agravamento dos sintomas das doenças e até mesmo o risco de óbito.
Participaram da capacitação, médicos e enfermeiros dos hospitais, unidades de saúde e serviços de urgência e emergência dos 18 municípios da área de abrangência da Superintendência Regional de Saúde (SRS) de Uberlândia.
Ainda durante a capacitação, os secretários de saúde e equipes locais alinharam os fluxos de gestão, vigilância, assistência, uso dos recursos financeiros estaduais na execução das ações e comunicação/mobilização social.
A Superintendente de Vigilância Epidemiológica da SES-MG, Elice Eliane Nobre Ribeiro, destaca a importância da articulação das ações neste período de sazonalidade das arboviroses.
“Na região temos vários casos de dengue, casos que estão se complicando, como também alguns óbitos que estão sendo investigados. Capacitando o manejo clínico para atendimento desses pacientes e também conversando com os gestores como organizar uma rede de atenção que seja capaz de atender esses pacientes, na hora certa, no local certo e de maneira correta, estamos com o objetivo de minimizar o risco de óbito e também de complicações desses pacientes com dengue”, destacou Ribeiro.
Marcelo José Pires Ferreira, Superintendente Regional de Saúde de Uberlândia, reforça que a doença requer cuidados. “Caso a pessoa tenha dores musculares intensas, febre alta, dor de cabeça e manchas avermelhadas pelo corpo, ela deve procurar uma unidade de saúde onde será orientada, e deverá também seguir rigorosamente os cuidados que a equipe de saúde lhe passar, pois essas doenças deixam sequelas e podem levar à morte”, informou Ferreira.
