A Polícia Civil abriu um inquérito para apurar uma denúncia de estupro de vulnerável envolvendo uma menina de sete anos e um garoto de apenas nove, em Uberlândia. O caso foi denunciado às autoridades na última terça-feira (14) e teria ocorrido em uma escola no bairro Jardim das Palmeiras.
A mãe da menina foi quem acionou a Polícia e relatou o acontecido. Segundo ela, a filha, que estuda na Escola Estadual do Bairro Jardim das Palmeiras, apresentou um comportamento estranho nos últimos dias. Questionada, a menor relatou que foi violentada na instituição.
No depoimento, a criança afirmou que, no dia 2 de março, entrou no banheiro da escola e foi seguida por um garoto. Ela teve a bermuda e a calcinha abaixadas, disse que não viu nada, mas que sentiu dor na região genital. Ainda de acordo com o relato, o menino teria feito ameaças, dizendo que iria agredi-la caso ela o denunciasse.
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A mãe constatou que as partes íntimas da garota apresentavam vermelhidão. A criança, então, foi levada ao Hospital de Clínicas da Universidade Federal de Uberlândia (HC-UFU), onde a médica, após examiná-la, disse que não houve rompimento do hímen, mas confirmou que houve uma tentativa. A responsável pela criança procurou a escola, que tentou verificar as imagens das câmeras de segurança, mas nada de anormal foi encontrado. A mãe foi orientada pela diretora da escola a "abafar o caso".
A responsável pela criança tirou a aluna da escola alguns dias depois, temendo pela segurança da menina. Ainda segundo a mãe, depois disso, a filha contou que a situação teria ocorrido por duas vezes e que, em uma delas, o garoto havia colocado o pênis na vagina dela. A criança foi levada para realizar procedimentos de profilaxia e mãe procurou o Ministério Público, que teria informado a ela que o ocorrido "não era caso de Polícia".
Procurada pela reportagem, a Secretaria de Estado de Educação de Minas Gerais (SEE/MG) disse que a direção da unidade, assim que ficou ciente da situação, tomou todas as providências necessárias. Esclareceu também que as câmeras de segurança da unidade foram verificadas e, a princípio, não houve constatação e registro do fato descrito nas imagens do sistema.
Ressaltou, contudo, que a Superintendência Regional de Ensino (SRE) de Uberlândia, responsável pela coordenação da escola, está acompanhando o caso e solicitou inspeção especial para apuração criteriosa do caso, a partir do protocolo previsto no Plano de Enfrentamento ao Assédio Sexual nas escolas estaduais. Além disso, a equipe do Núcleo de Acolhimento Educacional (NAE), também foi acionada a fim de apoiar, acolher e dialogar com a família da estudante e a comunidade escolar.
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