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03/03/2023 às 10h30min - Atualizada em 03/03/2023 às 10h30min

Volume de pescados apreendidos durante a piracema em Uberlândia e região reduz 24%

Balanço da Polícia Militar Ambiental revela queda de quase 30 kg em relação à temporada 2021/2022

SÍLVIO AZEVEDO I DIÁRIO DE UBERLÂNDIA
Piau, mandi, traíra, piapara e curimba estão entre as espécies mais pescadas irregularmente I Foto: DIVULGAÇÃO/PMMAMB
Um balanço divulgado pela Polícia Militar Ambiental revelou uma queda de 24% no número de pescados aprendidos durante a piracema, na comparação entre as temporadas 2022/23 e 2021/22. Os dados são relativos à fiscalização na área da 9ª Companhia de Polícia Militar Ambiental (9ª CIA PMMAmb), que engloba as cidades de Uberlândia, Araguari, Ituiutaba, Santa Vitória e Tupaciguara.

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Em relação à pesca de espécies nativas, foram apreendidos 93,3kg de pescados na temporada que se encerrou nesta terça-feira (28), 29,7Kg a menos do que no período 2021/22, quando 123kg foram contabilizados. Dos 93,3kg de pescados apreendidos neste último ano, 20kg foram doados a uma instituição de caridade e o restante descartado. Entre as espécies nativas, as mais pescadas foram os peixes: piau, mandi, traíra, piapara e curimba.
 
Segundo a soldado da Polícia Militar Ambiental, Bianca Campos, a redução das apreensões é um indício de que há conscientização maior da população, além das ações da PMMAmb no combate à pesca irregular.
 
“A gente entende que está tendo uma conscientização por parte da população, com a diminuição da pesca nesse período que é proibido. A população está tendo mais consciência na questão ambiental. E também aumentamos o efetivo, o emprego de viaturas também. Com isso tivemos mais fiscalização do que o ano passado”, destacou.
 
O efetivo da corporação foi 33,5% maior que na temporada passada, chegando a 462 militares empregados e 186 viaturas. Mas, apesar da redução na quantidade de pescados apreendidos, houve um crescimento na quantidade de redes de pesca apreendidas, passando de 228 metros em 21/22, para 261 neste último período.
 
Outros dados que tiveram redução significativa entre as duas últimas temporadas são os de número de Registro de Eventos de Defesa Social (REDs), que passou de 35 para 24, Boletins de Ocorrência (BO), de 227 para 192, e notificações, de 12 para duas. O valor de Autos de Infração Pesca teve recuo de R$ 36.286,49 para R$ 12.588,81.
 
“O nosso ideal seria trazer várias fiscalizações e nenhum registro. Estaríamos simplesmente patrulhando, sem autuação, sem multa. Todos os pescadores deveriam ler a Portaria 156 do Instituto Estadual de Florestas (IEF/MG), que regulamenta a pesca em Minas Gerais durante a piracema. Dando pra saber o que dá pescar e o que não”, completou a oficial.
 
PIRACEMA
A Piracema é o período em que os peixes se deslocam até as nascentes dos rios ou até regiões rasas para desovar. Com isso, a pesca de espécies nativas é proibida durante o período do dia 1º de novembro do ano corrente a 28 de fevereiro do ano seguinte.
 
Em Minas Gerais, é permitida apenas a pesca de espécies exóticas, alóctones, são originárias de outras bacias brasileiras, os híbridos, que são produzidos em laboratório, e os equipamentos permitidos são linha de mão com anzol, vara, caniço simples ou carretilha ou molinete de pesca, com iscas naturais ou artificiais. Para portar o equipamento de pesca e o pescado é importante que o pescador mantenha sua licença de pesca atualizada.
 
Relação de peixes proibidos de pesca na piracema na região do Triângulo Mineiro:
Acará, Cará, Serrote, Rodaque, Andirá, Bagre, Jundiá, Bastiana, Jacundá, Joaninha, Bocarra, Cará, Acará, Cascudo lage, Cascudo loqueiro, Cascudo, Acari, Cari, Cascudo viola, Cascudinho, Cascudo preto, Corvina, Curvina,  Cumbaca, Cachaço, Curimatã, Curimba, Ferrolho/Judeu, Lambari prata, Lambari do rabo amarelo, Lambari do rabo vermelho, Lambari chatinha, Lambari, Lambari bocarra, Mandi, Mandi, Manjuba, Marobá/jeju, Piabanha, Piau, Piau branco, Piau vermelho, Pirapitinga, Sarapó/Espada, Saguiru/Sairu/Sardinha, Surubim do doce, Tainha, Timburé e Traíra.
 
Relação de peixes autorizados de pesca na piracema na região do Triângulo Mineiro:
Apaiari, Acará açu, Cará do Amazonas, Oscar, Curimatã, Curimatã, Curimba, Curimbatá, Papa terra, Dourado, Mussum, Pacu Caranha, Pacu, Pacu prata, Pacu pintadinho, Pacumã, Pacamã, Piauçu, Piauaçu, Piranha vermelha, Piranha preta, Piranha branca, Piranha prateada, Surubim cachara, Tambaqui, Tamboatá, Tamoatá, Caborja, Quebra faca, Trairão, Tucunaré, Bagre africano, Black bass, Boca grande, Carpa-cabeça-grande, Carpa cabeçuda, Carpa capim, Carpa comum, Carpa de escama, Carpa espelho, Carpa prateada, Catfish, Bagre americano, Jaguar guapote, Peixe jaguar, Tilápia, Tilápia do congo, Tilápia, Tilápia do Nilo, Peixe Sol, Pincachara, Pintachara e o Tambacú.


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