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10/01/2023 às 13h25min - Atualizada em 10/01/2023 às 13h25min

Tenente da PM, em Uberlândia, atingiu namorada com dois tiros e depois se matou, conclui Polícia Civil

Paulo Dalla e sua companheira, Déborah, foram encontrados mortos no dia 30 de novembro do ano passado, em um apartamento no bairro Martins

ALLANA LIMA e DHIEGO BORGES
Casal teria discutido no apartamento do policial antes do crime I Foto: SÍLVIO AZEVEDO
A Polícia Civil de Uberlândia concluiu o inquérito das investigações abertas para apurar a morte do policial militar Paulo Dalla, de 32 anos, e de sua companheira, Déborah. O crime ocorreu no dia 30 de novembro do ano passado, no bairro Martins. Em entrevista coletiva nesta terça (10), o delegado-chefe da Polícia Civil, Marcos Tadeu, confirmou as suspeitas iniciais de um homicídio seguido de suicídio. Ficou comprovado que o tenente da PM foi quem matou a namorada e, em seguida, tirou a própria vida.

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De acordo com o delegado da Polícia Civil, as investigações revelaram que, antes dos disparos, houve uma briga entre o casal. Segundo laudos da perícia, ambos haviam ingerido álcool. A participação de terceiros foi descartada, já que a porta estava trancada por dentro e não havia sinais de arrombamento. Ainda de acordo com Marcos Tadeu, não há indícios de crime premeditado e as características encontradas na cena apontam que o homicídio teve motivação passional.
 
“Constatamos primeiramente que houve uma briga na cozinha, pois havia vários utensílios quebrados, jogados ao chão, o que demonstra que ali havia tido um atrito. Posteriormente, a suíte do casal, onde os corpos foram encontrados. Primeiramente, trabalhou-se com a hipótese de um único tiro: quem atirou em quem. A resposta veio exatamente com o laudo médico legal. No corpo da mulher foram encontradas duas perfurações, o primeiro na boca e o segundo na cabeça, do lado esquerdo. Este último foi um tiro a curta distância”, informou.
 




Ainda segundo Marcos Tadeu, após atingir a namorada com dois tiros, o policial militar se virou de costas para a vítima e efetuou um disparo fatal contra si mesmo. “Em seguida, ele veio a praticar o autoextermínio, quando ele pega a sua arma e dá um tiro na região nasal. Esse tiro foi um tiro fatal”, destacou o delegado.
 
De acordo com a perícia, a arma utilizada no crime, uma pistola calibre .380, pertencia à Paulo Dalla e era particular, de uso permitido, não sendo atribuída à Corporação. De acordo com os investigadores, a arma de trabalho estava guardada dentro de uma maleta com cadeado. Também foi descartada a possibilidade de que o policial tenha utilizado um silenciador.


 
O delegado da Polícia Civil também esclareceu que a avaliação realizada no local do crime, e os levantamentos feitos no apartamento, que pertencia a Paulo Dalla, foram feitos exclusivamente por parte da perícia e da delegacia de homicídios. “Os policiais militares somente adentraram naquele recinto depois que todo o trabalho pericial havia sido feito e a meu convite, porque não havia como transportar o corpo na urna funerária dentro do elevador. Então pedi que eles adentrarem e nos auxiliarem a descer os lances de escada. Ou seja o local estava 100% preservado”, destacou.
 
RELEMBRE O CASO
Os corpos do casal foram encontrados no apartamento do tenente Paulo Dalla, que fica no sexto andar de um prédio, na avenida Fernando Vilela, no bairro Martins.
 
De acordo com o Boletim de Ocorrência (BO), o tenente Paulo Dalla estava escalado para trabalhar no dia do crime, mas não compareceu e também não atendeu às ligações da Corporação.
 
Estranhando a situação, uma equipe policial foi até a residência do tenente. Os militares se depararam com a porta fechada, mas ninguém atendia. Um chaveiro foi acionado para abrir a porta. Os dois já estavam sem vida com marcas de tiros no quarto da residência.

 
“Houve uma discussão entre eles. Os dois haviam feito uso de bebida alcoólica, talvez este uso tenha acirrado os ânimos, houve uma discussão, que teria sido iniciada na cozinha, em razão do estado em que a cozinha estava; culminou no quarto, quando ele efetua o primeiro disparo de arma de fogo na face dela, que atinge a boca, quebra um dente, ela cai ao solo, ele efetua um segundo disparo na região craniana do lado esquerdo. Em seguida, ele vira de costas para ela e efetua um disparo na sua região nasal, disparo este fatal”, esclareceu o delegado Marcos Tadeu. 

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