Abaixo da meta estipulada pelo Ministério da Agricultura, Pecuária e Abastecimento (Mapa), a Campanha Nacional de Vacinação contra a Febre Aftosa foi prorrogada até o dia 17 de dezembro. Em Uberlândia, 59.946 animais ainda não foram imunizados, ou seja, cerca de 30% do rebanho total, que é de 206.737.
De acordo com Marcia Ney, da Coordenadoria Regional do Instituto Mineiro de Agropecuária (IMA) em Uberlândia, até esta segunda-feira (5), a cidade havia vacinado 146.791 animais, pouco mais de 70% do rebanho total. A meta é vacinar acima de 95% da população de bovídeos, que engloba bois, búfalos e outros.
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Conforme dito por ela, a ampliação do prazo se deu pela falta de vacinas nas revendas. As doses devem ser adquiridas nas revendas autorizadas e mantidas entre 2°C e 8°C, desde a aquisição até o momento da utilização, incluindo durante o transporte e a aplicação, já na fazenda.
Além da imunização, os produtores devem fazer a comprovação junto ao IMA. A declaração da vacina pode ser entregue de forma online ou, quando não for possível, presencialmente nos postos designados pelo serviço veterinário estadual nos prazos estipulados.
“O prazo para vacinação é até 17 de dezembro e a declaração até 27 do mesmo mês. A maior dificuldade encontrada é a entrega do comprovante de declaração de vacinação dos animais”, complementou Marcia Ney.
A vacinação contra a febre aftosa é obrigatória em rebanhos bovinos e bubalinos, e garante a qualidade dos produtos exportados pelo país. “A vacina é importante para assegurar a sanidade de todo rebanho e a manutenção do status de Estado livre de aftosa com vacinação. Garantido a exportação e a qualidade da carne bovina”, disse Márcia.
Em caso de descumprimento, o criador poderá ser multado. “O produtor que não vacinar seus animais será penalizado em cerca de R$ 120 por animal. Se deixar de comprovar a vacinação, a penalidade será de R$ 24 por animal”, reforçou.
A DOENÇA
Febre aftosa é uma doença infecciosa aguda, causada por um vírus que causa febre, seguida pelo aparecimento de vesículas (aftas), principalmente na boca e nos pés de animais de casco fendido. É causada por um vírus do qual existem sete tipos, que produzem sinais clínicos similares. Os diferentes tipos só podem ser identificados em laboratório.
A doença raramente é fatal, mas os efeitos secundários da febre aftosa são muito sérios, pois os animais afetados perdem condição corporal e produção, e frequentemente ocorrem infecções secundárias que prolongam a convalescência. A perda de produção de leite e carne é severa.
A febre aftosa também afeta a economia e a abertura dos mercados aos produtos de origem animal, pois os países compradores estabelecem fortes barreiras à entrada de produtos oriundos de regiões onde ocorreram casos da doença.
A identificação da infecção pelo vírus, independente da apresentação de sinais clínicos, já é considerada um foco da doença, impedindo a comercialização de animais, produtos e subprodutos de origem de animais susceptíveis para zonas e países livres da doença.
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