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25/11/2022 às 18h01min - Atualizada em 25/11/2022 às 18h01min

Procon de Uberlândia fiscaliza mais de 700 estabelecimentos durante a Black Friday

Em uma loja houve apreensão de produtos de beleza vencidos em 2020; Diário conversou com clientes que enfrentaram longas filas nos comércios

IGOR MARTINS | DIÁRIO DE UBERLÂNDIA
Fiscalização do Procon começou na última semana e segue nos próximos dias | Foto: Igor Martins/Diário de Uberlândia

A Superintendência de Proteção e Defesa do Consumidor (Procon) intensificou, nesta sexta-feira (25), as ações de fiscalização em comércios e lojas durante a Black Friday, em Uberlândia. No total, 784 estabelecimentos foram visitados no município, sendo que alguns apresentaram irregularidades. O Diário acompanhou o trabalho de agentes do órgão no Centro da cidade e conversou com consumidores que enfrentaram longas filas para adquirir produtos com descontos. 

De acordo com o balanço do Procon, a maioria das irregularidades encontradas foi em relação à divergência no preço dos produtos e ausência de precificação. Em uma das lojas fiscalizadas, houve apreensão de produtos de beleza vencidos no ano de 2020. Além disso, várias lojas não contavam com cartaz informando os contatos do Procon e exemplar do Código de Defesa do Consumidor à disposição dos consumidores.

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Conforme dito pela superintendente do Procon, Elisabeth Ribeiro, a força-tarefa com relação ao período de descontos começou no dia 16 de novembro. A ação teve como objetivo prevenir a prática de preços abusivos, focando em lojas de eletroeletrônicos, livrarias, lanchonetes e plataformas de venda.

Elisabeth contou ainda que cerca de 30 agentes foram empenhados exclusivamente para esta sexta-feira, data oficial da Black Friday em todo o mundo. O número, conforme relatado pela superintendente, é maior em comparação aos dias anteriores de fiscalização.

“Nesta sexta, especificamente, a gente intensificou as ações. Teve uma equipe maior do Procon nas lojas, várias pessoas atuando junto com lojistas para que a gente faça cumprir os direitos do consumidor. Essa fiscalização sempre acontece, mas intensificamos e vamos continuar com as fiscalizações conforme o cronograma do Procon”, afirmou.

Ainda de acordo com Elisabeth Ribeiro, a ação teve início em lojas do Terminal Central, passou pelos dois maiores shoppings da cidade e atuou nos arredores da praça Tubal Vilela. O ponto estratégico buscou auxiliar e orientar o consumidor em caso de dúvidas e para que os clientes não caíssem em falsas promoções.

Durante o período da Black Friday, a unidade do Procon Móvel ficou na praça Tubal Vilela para atender e orientar consumidores. Caso o cliente esteja em outra localidade, é possível acionar a superintendência pelo Disque Procon (151), pelo Zap da Prefeitura (34 99774-0616) ou pelo site do órgão.

CONSUMIDORES


Nesta sexta (25), o Diário percorreu lojas e comércios da região central de Uberlândia durante a Black Friday. Em alguns pontos, foi possível observar filas em estabelecimentos e grande movimentação de clientes e carros, com a presença de policiais militares e agentes da Secretaria Municipal de Trânsito e Transportes (Settran) nos arredores.

Quem aproveitou a época de descontos para comprar alguns produtos foram Andressa Hellen e Thaís Marques. De acordo com elas, os valores praticados em eletroeletrônicos não eram os mais atrativos, mas as promoções em vestuário valeram a pena. No fim do dia, elas adquiriram peças de roupa com desconto de 30%.

“Valeu muito a pena. A gente sabe que os cosméticos também estão com bons preços. A gente passou na porta de algumas lojas de eletrônicos, mas não tinha nada valendo a pena”, disseram.

A aposentada Rosa das Graças Santos Pires também foi às ruas para tentar economizar em alguns produtos. Depois de encarar uma longa fila, tanto para entrar quanto para efetuar o pagamento, ela disse que poucos itens estavam com boas promoções.

“[As promoções] já foram melhores em outros anos, não achei tão bom não. Comprei shampoo e sabonete. O que mais me incomodou foi a fila, estava muito grande. Outra coisa que achei ruim foi que a loja misturou tudo. Colocou chocolate e comida do lado de desinfetante, acho que tinha que separar melhor”, relatou.

A educadora Cátia Aparecida de Oliveira também reclamou das longas filas em alguns estabelecimentos. A quantidade de pessoas fez com que ela desistisse de comprar alguns produtos.

“Acabei comprando chocolate e esmalte, mas no geral não está muito atrativo não. A fila está enorme. Tem fila para entrar e para pagar, eu desisti. Na hora que fui pagar e vi a fila deixei o produto lá, não compensa não”, contou a uberlandense.

Os descontos em itens de cuidado pessoal chamaram a atenção da dona de casa Maria Soares, que conseguiu poupar algum dinheiro na compra de shampoos. “Só comprei coisa para cabelo. Os descontos não estavam muito bons, mas consegui economizar um pouquinho. A fila estava um pouco grande, mas valeu a pena”, detalhou Maria.

Leandro Guimarães Borges, de 30 anos, disse que conseguiu economizar R$ 1 mil em um carrinho de bebê. Segundo o uberlandense, ele e sua esposa estavam monitorando os preços há algum tempo, planejando a chegada do bebê, e conseguiram efetuar a compra a tempo.

“A gente estava vendo um carrinho de bebê. Nunca vi um preço melhor do jeito que estava. Tinha só quatro unidades na loja, anunciaram às 8h e às 9h30 já tinham vendido tudo”, falou.

VENDAS

 

A reportagem também conversou com vendedores na praça Tubal Vilela durante a Black Friday. De acordo com Gleik Samara Nunes Nascimento, que trabalha com a venda de vestuário infantil, os negócios começaram devagar, mas a movimentação de clientes aumentou ao longo do dia. Segundo ela, os artigos para a Copa do Mundo são o carro-chefe do faturamento.

“O movimento está começando a melhorar. Não sei se vou vender tanto as peças infantis, mas a camiseta do Brasil é o que mais tá saindo hoje. A maioria das pessoas que vêm procuram alguma coisa para a Copa”, disse.

Erlivaldo Vieira Leite, conhecido como o “Zé das Capinhas”, conta que soube aproveitar o momento de festas para impulsionar as vendas na Black Friday. De acordo com o comerciante, a época de descontos, aliada ao Natal e ao Ano Novo, aumentaram o crescimento, mas assim como no caso de Gleik, é a Copa do Mundo que gera mais procura dos clientes.

“Juntou Black Friday, Copa do Mundo e Natal e as coisas melhoraram muito. O movimento melhorou demais essa semana e hoje está muito bom. Ontem eu não vendi nada que não fosse coisa do Brasil. Tem que ter a sabedoria de saber o que está vendendo no momento. Na última semana, por causa do Enem, vendi muita caneta, água e cereais. Já estou me preparando para continuar vendendo coisas da Copa semana que vem”, falou.


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