22/09/2022 às 09h25min - Atualizada em 22/09/2022 às 09h25min

Mais de 200 profissionais ligados ao HC-UFU entram em greve, em Uberlândia

Empregados reivindicam recomposição salarial para diversas áreas; serviços oferecidos na unidade foram afetados

REDAÇÃO I DIÁRIO DE UBERLÂNDIA
Paralisação envolve médicos, enfermeiros e administrativos I Foto: Divulgação

Mais de 200 profissionais da área da saúde vinculados à Empresa Brasileira de Serviços Hospitalares (Ebserh) entraram em greve nesta quarta-feira (21). O movimento reivindica recomposição salarial para diversas categorias e tem relação com as negociações do Acordo Coletivo de Trabalho (ACT). A paralisação afeta diretamente os serviços prestados no Hospital de Clínicas da Universidade Federal de Uberlândia (HC-UFU).

De acordo com o diretor do Sindicato dos Trabalhadores Ativos, Aposentados e Pensionistas do Serviço Público de Minas Gerais (Sindsep/MG), Eliseu Campos, a paralisação envolve profissionais como enfermeiros, assistentes sociais, médicos e administrativos. Até o fim do último dia, cerca de 220 trabalhadores haviam aderido à greve. 
Ainda segundo o diretor do Sindsep/MG, 60% dos serviços essenciais estão sendo mantidos. 

 

"Os trabalhadores estão aos poucos aderindo mais e mais. A grande questão é que o Hospital já está com uma sobrecarga insana e a gente não consegue tirar muita gente, preservando a saúde do paciente. Então a gente está avaliando setor por setor. Hoje a adesão é de 40%. Cirurgias estão sendo canceladas sim, ambulatório está começando a diminuir, coleta de exames também para que o hospital se adeque a quantidade de trabalhadores, porque a sobrecarga de trabalho já é normalmente muito alta e está só aumentando com esta situação, informou. 


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O Diário procurou a Ebserh, que confirmou a paralisação de empregados dentro do HC-UFU nesta quarta. Segundo a Ebserh, o Comando de Greve, no entanto, não havia enviado a lista dos profissionais que aderiram ao movimento. Em nota, a empresa afirmou que algumas cirurgias eletivas precisaram ser reagendadas, bem como exames e consultas ambulatoriais. Além disso, a manutenção das internações e da chegada de novos pacientes também foi afetada. 
 

"Todos os esforços da gestão estão empenhados em busca da manutenção da assistência à saúde, priorizando os atendimentos de urgência e emergência, além de readequar as escalas para manter os serviços em funcionamento. A Ebserh informa que a relatora do dissídio coletivo no Tribunal Superior do Trabalho (TST), ministra Delaíde Alves Miranda Arantes, determinou o percentual mínimo de manutenção de trabalhadores em seus respectivos locais de trabalho, sendo 50% (cinquenta por cento) em cada área administrativa e 60% (sessenta por cento) para cada área médica e assistencial", diz o comunicado.



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