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09/09/2022 às 16h34min - Atualizada em 09/09/2022 às 16h34min

Primeira etapa de obras do centro de tecnologia assistiva de Uberlândia deve ser entregue em 2023

Espaço, gerido pela UFU, será especializado no desenvolvimento de inovações para pessoas com deficiência e doenças raras

SÍLVIO AZEVEDO I DIÁRIO DE UBERLÂNDIA
CNT será construído no Campus Glória da UFU; primeira etapa está orçada em R$11 milhões I Foto: MILTON SANTOS
Uberlândia poderá contar, já no início de 2023, com as primeiras atividades do Centro Nacional de Tecnologias para Pessoas com Deficiência e Doenças Raras (CNT-MCTI). As obras para construção do espaço, que funcionará em uma área de 1,3 mil m², no Campus Glória, da Universidade Federal de Uberlândia, estão previstas para serem iniciadas a partir deste mês.
 
Na última semana de agosto, representantes da Secretaria de Empreendedorismo e Inovação (SEMPI), do Ministério da Ciência, Tecnologia e Inovações (MCTI), receberam o coordenador do Centro Brasileiro de Referência em Inovações Tecnológicas para Esportes Paralímpicos (CINTESP.Br/UFU), Cleudmar Amaral, que entregou uma maquete do que será o Centro Nacional de Tecnologias para Pessoas com Deficiência e Doenças Raras (CNT).
 
O projeto, que será vinculado ao Centro Brasileiro de Referência em Inovações Tecnológicas para Esportes Paralímpicos (Cintesp.Br) da UFU, foi lançado há mais de dois anos e orçado em R$ 36 milhões. Para a primeira fase, a de implantação do CNT-MCTI, já foi aprovada a liberação de R$ 11 milhões, oriundos do Fundo Nacional de Desenvolvimento Científico e Tecnológico (FNDCT). A obra deve ser concluída em 18 meses.
 
"Ainda em setembro o convênio será assinado e a previsão é que esses recursos estejam na Fundação de Apoio Universitário da UFU ainda esse mês. Com a entrada dos recursos, acredito que toda a execução do projeto será iniciada automaticamente. A previsão é que no início de 2023, em março, nós inauguraremos as primeiras fases do sistema, 1, 2 e 3", adiantou Cleudmar.
 
A tecnologia assistiva agrupa dispositivos, técnicas e processos que podem prover assistência e reabilitação e melhorar a qualidade de vida de pessoas com deficiência, doenças raras ou mobilidade reduzida.
 
Quando em atividade, o CNT-MCTI será uma ferramenta para o desenvolvimento das dimensões de saúde, lazer, vida diária, ocupacional e esportes, proporcionando bem-estar, a autonomia e a inclusão das pessoas com deficiência, com mobilidade reduzida e com doenças raras.
 
“Ele será um centro especializado para desenvolver inovações em tecnologia assistiva. Será formado por uma rede de laboratórios, inicialmente previstos 10 de última geração, associado a um ambiente de empreendedorismo que tem o objetivo de integrar diferentes redes colaborativas do Brasil, formada por diversos profissionais, instituições públicas, privadas, academia e, interessados no tema”, adiantou Cleudmar.
 
Mesmo sendo gerido pelas instâncias superiores da UFU, ligadas à reitoria, pró-reitoras de Pesquisa e Extensão e a de Extensão e Cultura, juntamente com o MCTI, MDH e o da Saúde, mas com uma estrutura aberta, o CNT deve atrair cada vez mais parceiros, já que, segundo Cleudmar, sua missão é nobre.
 
“Temos no Brasil catálogos de produtos de tecnologia assistiva, mas entendemos que a missão é levar essas tecnologias, buscando a redução de custos, para as pessoas com deficiência, com mobilidade reduzida e com doenças raras, é uma missão árdua, principalmente em função das especificidades dessas tecnologias, que são personalizadas”.


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PREVISÃO DE OBRAS
Segundo Cleudmar, o planejamento da construção do centro será feito pelos profissionais da UFU e as instâncias superiores da universidade, com previsão inicial de que, com os recursos iniciais, sejam feitas as fases 1, 2 e 3, que são os primeiros laboratórios implantados dentro dessa rede de 10. A previsão é que toda a obra, prevista em cinco fases, seja feita em sequência.
 
“Como as estruturas das fases iniciais serão feitas por meio de containers elaborados, de última geração, a implantação é facilitada. Claro que depende do fornecimento desses contêineres, da estruturação, da contratação de serviços de terceiros. Esse é um planejamento que será feito logo com a entrada dos recursos”.
 
O coordenador disse ainda que existe a previsão de que o CNT seja sustentável em cinco anos após sua inauguração e, até lá, o MCTI e os demais ministérios, além de outras ações de busca de recursos, auxiliarão na gestão de pessoas, com a utilização de bolsas, para que as atividades possam ser desenvolvidas.



REFERÊNCIA
O CINTESP.Br/UFU é referência no desenvolvimento de inovações em tecnologia assistiva voltadas para o esporte paralímpico e vem atuando buscando soluções diretas com as demandas de atletas paralímpicos e do Comitê Paralímpico Brasileiro (CPB).
 
Os projetos são financiados pelo Ministério da Ciência, Tecnologia e Inovação (MCTI) e pelo Ministério Público do Trabalho (MPT/Uberlândia-MG). A forma de atuação em rede colaborativa, multidisciplinar e em parcerias fortalecem as pesquisas, aceleram os processos e aproximam os pesquisadores da sociedade.
 
Em Uberlândia, os projetos acontecem em conjunto com a Prefeitura Municipal de Uberlândia por meio da Fundação Uberlandense do Turismo, Esporte e Lazer (Futel), o Comitê Paralímpico Brasileiro (CPB), o Praia Clube de Uberlândia, o Grupo Algar, Algar Telecom e Brain Instituto de Ciência e Tecnologia, e Sesi Gravatás (Fiemg).




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