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26/07/2022 às 18h00min - Atualizada em 26/07/2022 às 18h24min

Município assina contrato com quatro clínicas particulares para tentar zerar fila de 74 mil exames cardíacos em Uberlândia

Expectativa é que sejam realizados 8 mil procedimentos por mês a partir de agosto; investimento inicial está estimado em R$ 3 milhões

SÍLVIO AZEVEDO I DIÁRIO DE UBERLÂNDIA
Prefeito destacou que cerca de 8 mil exames devem ser feitos mensalmente I Foto: VALTER DE PAULA/SECOM/PMU
Com o objetivo de tentar zerar uma fila de aproximadamente 74 mil pessoas que aguardam por exames cardiovasculares em Uberlândia, a Prefeitura assinou, na tarde desta terça (26), ordens de serviço para que quatro clínicas particulares credenciadas realizem os procedimentos via Sistema Único de Saúde (SUS).
 
As clínicas deverão realizar exames de ecocardiograma, eletrocardiograma, holter 24h, mapa ambulatorial de pressão arterial, teste de esforço e duplex de carótida e de membros inferiores (arterial e venoso). O custo com os procedimentos somente para este ano está estimado em R$ 3 milhões.
 
A expectativa da Prefeitura é que cerca de 8 mil exames sejam feitos mensalmente. As primeiras marcações estão previstas para o início de agosto, sendo agendadas pela Central de Regulação Municipal, seguindo critérios de prioridade e classificação de cada paciente.
 
“É minha responsabilidade como prefeito. não posso esperar o outro resolver o que é função dele, e o povo de Uberlândia com problemas. O prefeito tem que ajeitar o seu orçamento, buscar uma maneira de melhor proceder e não deixar o povo desguarnecido. Nesse fato de hoje, são mais de oito mil exames mês que faremos com as clínicas, que deve dar um total de 40 mil até o final do ano”, disse o prefeito Odelmo Leão.
 
O processo de credenciamento das clínicas foi aberto em junho e segue até 30 de dezembro para novos interessados. Assinaram a ordem serviço nesta terça a Cardio Diagnoses, CEMTRI, Medcor e Prima Diagnósticos, que estão aptas a realizar os exames.
 
“Nós fizemos um convite às clínicas. As que compareceram têm uma capacidade de produzir determinado número de exames. As quatro clínicas somadas dá cerca de 8 mil exames por mês. Depois partimos para o orçamento. Dimensionados e tivemos que conciliar a capacidade do prestador do serviço com a do município de remunerar o serviço prestado. Essa quantidade foi o que se encontrou nesse momento. Se outras clínicas forem aparecendo, faremos novo estudo para saber até que ponto vou aliviando, progressivamente, a demanda. Como não apareceram, ficamos nesse nível”, explicou o secretário municipal de Saúde, Gladstone Rodrigues da Cunha.
 
O secretário disse ainda que os 8 mil exames se somarão aos cerca de 4 mil realizados atualmente, mas que não será o suficiente para zerar a fila a curto prazo. “Não tenho pretensão que vamos atender a demanda, porque esse número é de hoje. Cada consulta que for dada na rede vai gerar novos exames. Então semana que vem esse número já é maior. Nós vamos administrando a demanda até atenuar”.


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OUTROS EXAMES
Durante a coletiva, após o evento de assinatura, O secretário foi questionado sobre a ampliação da oferta de endoscopias e colonoscopias. Gladstone informou que está aberto o credenciamento, até o dia 30 de dezembro, para estabelecimentos de saúde que tenham interesse em realizar cerca de 400 exames mensais.
 
“Nós fizemos uma chamada, compareceram duas clínicas, que foram credenciadas. Elas estão se preparando para ampliar a sua prestação, atendendo os nossos pedidos. É toda uma adaptação, da clientela, instalações e equipamentos. Nosso objetivo é começar em agosto”.
 
Já sobre exames e cirurgias eletivas suspensas por causa da pandemia, Gladstone reforçou que a normalização deverá ocorrer até o final de 2023.
“É impossível atender a todos os exames que não foram feitos em dois anos, ao longo de um semestre. Estamos ampliando a capacidade em uma área, adquirindo novos equipamentos, contratando novos profissionais, chamando a iniciativa privada, como foi o ato de hoje, para ver se nós temos um horizonte de normalizar em dois anos. Se puder antecipar, melhor ainda, seria um ano e meio. Se não, final do ano que vem, dependendo da área, especialidade, curso orçamentário. Tudo isso vamos tentando tirar o atraso”, afirmou.
 
Sobre as cirurgias de hérnia e retirada de vesícula em pacientes atendidos pelo Município, a Prefeitura informou que dois hospitais já manifestaram interesse e nos próximos dias devem apresentar as propostas para avaliação.


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