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21/07/2022 às 12h30min - Atualizada em 21/07/2022 às 14h30min

Polícia Civil investiga denúncia de estupro na UFU; vítima possui deficiência intelectual

Caso foi registrado na terça (19) no campus Educação Física, em Uberlândia

REDAÇÃO I DIÁRIO DE UBERLÂNDIA

A Polícia Civil investiga uma denúncia de estupro de vulnerável que teria ocorrido dentro da Universidade Federal de Uberlândia (UFU), nesta semana. De acordo com informações preliminares, dois homens, de 29 e 47 anos, foram presos na última terça (19) por suspeita de cometerem abuso contra um rapaz de 33 anos, que possui deficiência intelectual. O caso foi registrado dentro do campus Educação Física, em Uberlândia.

Segundo informações da UFU, a Divisão da Prefeitura Universitária foi acionada por volta de 12h para acompanhar uma denúncia de violência dentro do campus. A Polícia Militar (PM) registrou um boletim de ocorrência e o caso está sendo investigado pela Polícia Civil.

De acordo com o boletim de ocorrência, a vítima havia ido até a unidade com a mãe para participar de um projeto social. A genitora contou aos policiais que, ao chegarem no campus, ambos foram para os banheiros. Instantes depois, a mãe saiu do banheiro feminino e ficou na frente do banheiro masculino esperando a saída do filho. 

 

A mulher relatou ainda que o filho estava demorando mais do que o normal e começou a chamá-lo, mas sem resposta. Diante da situação, ela pediu ajuda a uma funcionária da UFU, que entrou no banheiro e encontrou um dos suspeitos próximo à entrada do sanitário. A testemunha também viu as roupas da vítima jogadas no chão e sujas de fezes. 

 

A funcionária rapidamente acionou o vigilante do campus que se deslocou até o banheiro. O agente de segurança viu que o outro suspeito estava dentro de um dos boxes e avistou a vítima se levando em um dos chuveiros. 

 

A mãe do rapaz disse aos militares que não ouviu nenhum barulho ou pedido de socorro do filho. 

 

De acordo com a Polícia Militar, um dos suspeitos trabalha em uma empresa terceirizada pela UFU. Ele relatou às autoridades que estava deitado no corredor de acesso ao banheiro masculino descansando e carregando o aparelho celular. Disse ainda que sabia que havia outra pessoa no banheiro e viu o momento em que a vítima entrou no local, mas não presenciou nada de estranho. 

 

O outro suspeito relatou que estava no interior do banheiro e não viu nada de estranho acontecer. Contou também que quando saiu do box o vigilante já estava dentro do local averiguando a situação. 

 

Durante o atendimento dos policiais, a vítima não quis falar o que havia ocorrido e não apresentava sinais de agressões. Ela foi encaminhada para a Unidade de Atendimento Integrado (UAI) do bairro Tibery, onde passou por exames que constataram lesões na região anal. Em seguida, ela foi levada para o Hospital de Clínicas da Universidade Federal de Uberlândia (HC-UFU).

 

Os suspeitos foram conduzidos à Delegacia de Plantão, onde foram ouvidos e liberados por não haver elementos suficientes para a ratificação da prisão em flagrante. 
 
Por meio de nota, a UFU disse que acompanhará a apuração da denúncia e reafirma que condena quaisquer ações de violência. "A Prefeitura Universitária e a coordenação do projeto social da Universidade Federal de Uberlândia (UFU), ao tomarem conhecimento da denúncia, imediatamente, acionaram a Polícia Militar, o Sistema Integrado de Atendimento a Trauma e Emergência (Siate) e os responsáveis pelas empresas terceirizadas. A UFU prestou e prestará os cuidados necessários ao participante do projeto e aos seus familiares. Foi aberto processo administrativo interno para apuração dos fatos e os empregados terceirizados foram afastados preventivamente de seus postos de serviço. A UFU acompanha o andamento das apurações e continua à disposição para prestar quaisquer esclarecimentos à Polícia Civil sobre o fato em investigação", diz a nota.
 

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*Matéria atualizada às 14h30 para acréscimo de informações.

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