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06/07/2022 às 11h50min - Atualizada em 06/07/2022 às 11h50min

Operação Praga detém 12 membros de organização criminosa em Uberlândia e região; prejuízos estão estimados em R$ 5 milhões

Força-tarefa conjunta entre Gaeco, Polícia Militar e Polícia Civil cumpriu mandados no Triângulo Mineiro, Goiás e São Paulo nesta quarta (6)

IGOR MARTINS I DIÁRIO DE UBERLÂNDIA
Agentes de segurança prestaram esclarecimentos sobre a primeira fase da operação nesta manhã I Foto: Igor Martins/Diário de Uberlândia

O Grupo de Atuação Especial de Combate ao Crime Organizado (Gaeco) cumpriu, na manhã desta quarta-feira (6), 14 mandados de prisão temporária e 33 de busca e apreensão nos estados de Minas Gerais, São Paulo e Goiás. Segundo informações, a força-tarefa, que recebeu o nome de "Operação Praga", resultou em 12 prisões e 11 apreensões na região do Triângulo Mineiro e Alto Paranaíba, incluindo as cidades de Uberlândia e Patos de Minas. A ação aconteceu em conjunto com a Polícia Civil e Polícia Militar.

A primeira fase da operação tem como objetivo desarticular uma organização criminosa especializada em roubo majorado e furto qualificado de tratores e implementos agrícolas. De acordo com o promotor de Justiça Cleber Couto, foram praticados 24 crimes, sendo que o prejuízo causado pelo esquema é avaliado em pelo menos R$ 5 milhões. Em coletiva de imprensa realizada nesta manhã na sede do Ministério Público (MP) em Uberlândia, o coordenador do Gaeco de Patos de Minas afirmou que os autores cometeram delitos em 13 municípios da região.

Além de Uberlândia, a lista de locais que foram alvo da organização incluem Uberaba, Araguari, Patrocínio, Coromandel, Nova Ponte, Indianópolis, Ibiá, Conceição das Alagoas, Tupaciguara, Perdizes, Pedrinópolis e Sacramento. "Essa organização criminosa estava vitimando proprietários rurais dos municípios da nossa região, onde evidentemente há um menor policiamento em razão da extensão territorial", disse.

Ainda segundo Couto, o Ministério Público vai cumprir medidas asseguratórias patrimoniais para indenizar as vítimas dos crimes. Conforme divulgado à imprensa, o órgão já bloqueou 11 imóveis e 26 veículos, além das contas de envolvidos na organização através do Banco Central, por meio de ordem judicial. "Algumas dessas vítimas eram agentes públicos, o que demonstra a audácia dessa organização criminosa", detalhou o promotor.



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ATUAÇÃO INTERESTADUAL
De acordo com o delegado-chefe da Polícia Civil, Marcos Tadeu Brito Brandão, a organização criminosa não atuava apenas no Triângulo Mineiro e Alto Paranaíba. As investigações em conjunto com o Gaeco e Polícia Militar constataram que os envolvidos também cometiam crimes nos estados de Goiás e São Paulo. Até o fechamento desta reportagem, quatro mandados de prisão e 20 de busca e apreensão haviam sido cumpridos no estado goiano e dois de busca e apreensão no território paulista.

"Nós percebemos que essa organização criminosa tem um modus operandi próprio. Eles atuam no Triângulo Mineiro e Alto Paranaíba e têm ramificações relevantes nos estados de Goiás e São Paulo. A organização tem um alto nível profissional, também com hierarquização. Para roubar um maquinário agrícola, é algo especializado. Tem que ter o alvo, quem vai transportar e quem vai receber, nós não estamos apurando furtos isolados. São pessoas unidas com um objetivo de praticar crimes de forma contínua", disse Marcos Tadeu.

Segundo o delegado da PC, as investigações duraram cerca de um ano e meio e só foram possíveis graças ao comprometimento dos agentes de segurança pública do estado. "O comprometimento institucional possibilitou que nesta manhã, com a deflagração da operação, pudéssemos dar uma resposta aos produtores da região. A organização vinha atuando sem fronteiras. Os mandados foram cumpridos de forma simultânea em todas as cidades, tudo de forma sincronizada. Organizar uma operação de tamanha abrangência só demonstra o comprometimento dos nossos policiais", disse.




APREENSÕES
O coronel da Polícia Militar, André Coli, afirmou que a Operação Praga apreendeu quatro armas de alto calibre, munições, 20 rádios utilizados pela organização criminosa e um maquinário agrícola no estado de Goiás. Em Minas Gerais, foram mais de 30 policiais mobilizados e mais de 100 nos estados de Goiás e São Paulo. Além disso, cerca de R$ 200 mil em cheques foram apreendidos durante a ação policial nesta manhã.

"Essa quadrilha já vem nos incomodando há algum tempo. A primeira fase da operação é apenas a ponta do iceberg. Estamos buscando fornecer segurança preventiva aos nossos produtores rurais. Nós iremos atrás dos outros envolvidos, daqueles que estiverem afetando a capacidade dos nossos produtores", disse.




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