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27/05/2022 às 18h30min - Atualizada em 27/05/2022 às 18h30min

Uberlândia registra média de seis acidentes com motos por dia

Dados do Corpo de Bombeiros apontam que cidade registrou 766 ocorrências entre janeiro e abril

IGOR MARTINS I DIÁRIO DE UBERLÂNDIA
Colisões entre carros de passeio e motocicletas são as mais comuns I Foto: TÂNIA RÊGO/AGÊNCIA BRASIL
Dados divulgados pelo Corpo de Bombeiros apontam que Uberlândia já registrou, somente entre janeiro e abril deste ano, 766 acidentes envolvendo motocicletas. A média é de seis ocorrências por dia. O levantamento revela ainda que, no ano passado, a cidade teve mais de 2,6 mil incidentes desse tipo e aproximadamente 2,7 mil em 2020.
 
Ainda de acordo com a corporação, a ocorrência mais comum contabilizada na cidade é a de colisão entre carros de passeio e motocicletas, com 427 registros nos quatro primeiros meses do ano. Na sequência, estão as ocorrências de vítimas de queda de motos, com 197, além de colisão entre duas motocicletas (46) e colisão entre caminhão e moto (21).
 
O número de veículos nas ruas também cresceu. Em abril, o Diário
noticiou o aumento no número de emplacamentos de motocicletas na cidade. Entre janeiro e fevereiro, foram 377 veículos registrados, quase 38% a mais do que o mesmo período contabilizado em 2021. Conforme apontado pelo Departamento de Trânsito de Minas Gerais (Detran-MG), Uberlândia tem uma frota de mais de 90.750 motos.
 
Na visão do Tenente Patrick, do Corpo de Bombeiros, o índice de óbitos relacionados a acidentes de motocicletas é sempre maior quando comparado a ocorrências envolvendo outros veículos, como carros, motocicletas e ônibus. Segundo o militar, alguns cuidados podem ser adotados pelos condutores para minimizar as chances de acidentes. Manter a velocidade permitida na pista, se atentar para a distância segura para o veículo da frente e reduzir a velocidade próximo ao cruzamento ou quando for fazer alguma conversão, estão entre os hábitos citados.
 
“Muitas vezes o motociclista não conhece as condições da pista e não sabe se o piso tem desnível ou se está escorregadio. O motociclista tem que ser visto pelo motorista de trás e da frente, então é importante permanecer fora do ponto cego, estar sempre com o farol aceso e manter as setas em funcionamento”, explicou.

Ainda de acordo com Tenente Patrick, o uso de celulares também deve ser evitado durante o trajeto. Nos três primeiros meses de 2022,
Uberlândia teve 3.053 infrações pelo uso do aparelho, uma média de 33 autuações diárias. Do total, 48% dos motoristas foram autuados por utilizarem o aparelho com uma das mãos e 40% por manusearem o dispositivo.
 
“O uso de celular é proibido. O motociclista não pode deixar de ter atenção ao trânsito. A gente observa até mesmo nos guidões das motos dos meninos que mexem com aplicativos de entrega, a atenção precisa estar no trânsito. O Maio Amarelo leva esse nome por causa da cor, que é de ter atenção e advertência, para que o condutor não deixe de observar os pedestres e os veículos que estão ao seu lado”, detalhou o militar.
 
IMPRUDÊNCIA
Envolvido em um acidente em março de 2021, o motociclista Wilton Almeida foi vítima de um acidente ocasionado por imprudência de outro motorista. O condutor da moto contou em entrevista que estava com o pai na garupa quando sofreu um choque traseiro de um carro de passeio. Segundo ele, o condutor estava em alta velocidade e mexia no celular durante o incidente.
 
O caso aconteceu no bairro São Jorge. Após dar a seta para entrar em um supermercado, Almeida sentiu a batida e teve ferimentos graves. Até hoje, o uberlandense sente os impactos do acidente, já que precisou passar por cirurgias e colocar dois parafusos no pé.
 
“Eu estava na moto e fui entrar no mercado. O carro atrás estava muito rápido e não tinha tempo de ele frear. Eu caí e meu pé entrou na roda dianteira, quebrei o pé, rompi o ligamento do tornozelo e quebrei um osso da perna. Precisei colocar dois pinos no pé. Felizmente, meu pai não se feriu, teve apenas umas partes do corpo raladas”, disse.
 
Após passar por fisioterapia, Wilton conta que demorou, mas se adaptou aos pinos colocados no pé, que vez ou outra incomodam, dependendo da temperatura. O motociclista conta que voltou a andar de moto, mas agora anda com a atenção redobrada. “A maioria das pessoas realmente mexem muito no celular e acabam esquecendo da rua. Eu fiquei de repouso três meses depois das cirurgias e fui voltando a me movimentar”, contou.


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