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02/05/2022 às 17h21min - Atualizada em 02/05/2022 às 17h21min

Com passaporte vacinal, UFU retoma aulas presenciais nos cursos de graduação

Mais de 20 mil alunos são esperados nos sete campi da universidade

IGOR MARTINS I DIÁRIO DE UBERLÂNDIA
UFU seguirá acompanhando a pandemia da covid-19, segundo reitor I Foto: DIVULGAÇÃO/PREFEITURA UNIVERSITÁRIA
Após dois anos suspensas, as aulas presenciais na Universidade Federal de Uberlândia (UFU) retornaram nesta segunda (2). De acordo com a instituição, a estimativa é receber mais de 20 mil alunos de graduação nos sete campi da universidade (Santa Mônica, Umuarama, Educação Física, Ituiutaba, Patos de Minas e Monte Carmelo).
 
Segundo o reitor da UFU, Valder Steffen Júnior, a retomada das atividades presenciais dentro da instituição acontece em um momento de maior controle da pandemia na região. Mesmo com a diminuição de casos da doença e redução no número de internações e óbitos pela doença, ele afirmou que a manutenção das medidas de biossegurança é fundamental dentro do ambiente acadêmico.
 
Em abril, o Comitê de Monitoramento à Covid-19 da UFU publicou as diretrizes dos protocolos internos de segurança a serem implementadas durante o calendário letivo. Dentre as principais regras, estão a utilização de máscara de proteção em ambientes fechados, distanciamento social, higienização e a vacinação contra o vírus.
 
“Nós estamos muito felizes com o retorno dos nossos alunos e professores. É um momento de acolhimento e temos que ser compreensivos. Estamos em uma fase de transição e vamos acompanhar esses dias iniciais com muita tranquilidade e compreensão, até que isso seja devidamente normalizado. Estamos com um olhar de fé, esperança e muita tranquilidade com relação ao que estamos fazendo”, comentou o reitor.
 
Quem está animada com a volta das aulas presenciais é a estudante de Jornalismo da UFU, Kamila Santos. Em conversa com o Diário, a universitária afirmou que teve dificuldades com o modelo de ensino remoto. Agora, ela espera voltar à rotina de estudos e poder interagir diretamente com seus colegas e professores.
 
“Eu não acho que vai ser como antes [da pandemia], porque muita coisa aconteceu nesses dois anos, mas estou com boas expectativas de ver meus amigos e professores, poder aprender mais, ter aquela convivência presencial com a universidade. Isso, para mim, faz toda a diferença”, disse.
 
Natural de São José do Rio Preto (SP), Kamila já tomou as três doses da vacina contra a covid-19 e disse estar tranquila com relação à situação epidemiológica em Uberlândia, mesmo ciente de que a pandemia ainda não acabou. Segundo a estudante, a aplicação das medidas de biossegurança por parte dos alunos e professores é fundamental para que a cidade não volte a sofrer os impactos do vírus futuramente.
 
“A minha expectativa com relação a isso é boa, porque a UFU ainda está com implementação de máscaras. Nós não podemos largar a máscara de uma vez, porque ainda temos essa incerteza. As medidas de segurança vão contribuir com essa volta gradativa. Nós já avançamos muito na vacinação. Não estou com receio de voltar, acredito que esse é o momento certo”, explicou Kamila Santos.
 
PASSAPORTE VACINAL
A retomada das aulas presenciais nos campi da UFU acontece mediante a apresentação do comprovante vacinal contra a covid-19. A medida foi mantida pelo Tribunal Regional Federal (TRF), que suspendeu no dia 25 de abril, a medida proferida pelo Juízo Federal da 3ª Vara da Subseção Judiciária de Uberlândia, que em face de uma Ação Civil Pública (ACP), havia determinado que a instituição não poderia exigir o passaporte vacinal na instituição.
 
O caso teve início ainda no começo de março, quando o Conselho Universitário decidiu que servidores e alunos precisariam exigir o documento. Pouco depois, o Ministério Público Federal (MPF) recomendou que a UFU não editasse quaisquer atos de natureza administrativa que tinham por finalidade impedir a matrícula de alunos que não apresentassem o comprovante de vacinação contra o coronavírus.
 
Segundo Valder Steffen Júnior, a exigência do passaporte vacinal está mantida e é válida não apenas para alunos, mas para toda a comunidade acadêmica, incluindo servidores, docentes e técnicos administrativos. Em sua visão, a medida busca proteger a saúde coletiva, valorizando a ciência mundial.
 
“A decisão do passaporte vacinal não foi monocrática, ela foi tomada pelo nosso Conselho Universitário, que é constituído por mais de 160 pessoas. É muito difícil a gente fazer um prognóstico do que vai acontecer na frente. A pandemia avança e recua, às vezes vai em um sentido bom, e às vezes piora um pouco”, explicou.
 
De acordo com o reitor, o Comitê de Monitoramento à Covid-19 da Universidade Federal de Uberlândia monitora diariamente a situação da doença na cidade. A partir disso, os membros integrantes orientam o Conselho, que tomam medidas prezando a saúde de todos os universitários e servidores da instituição.
 
“Certamente o nosso comitê está avaliando a situação, está com os dados. Vamos ver o que acontece com o retorno presencial. O comitê fará novas recomendações ao conselho, que oportunamente tomará decisões sobre essas regras, relaxando algumas das medidas de segurança adotadas. Temos que entender que isso são medidas de saúde coletivas, é para proteger o conjunto da comunidade. É isso o que está valendo nos campi da UFU”, disse.
 
NOVIDADES
Para o semestre letivo atual, a UFU lançou o aplicativo “UFU-Mobile”, desenvolvido pela Divisão de Sistemas, do Centro de Tecnologia da Informação e Comunicação (DC/CTIC). A novidade conta com uma série de funcionalidades separadas por módulos, conforme os perfis e interesses de cada usuário.
 
Além disso, com a reabertura dos Restaurantes Universitários (RUs), a
instituição anunciou uma novidade para a comercialização dos tickets. A partir de agora, a venda física nos guichês foi substituída por um sistema online que está sendo disponibilizado através do UFU-Mobile. Para adquirir as entradas, o usuário deve estar com sua ID UFU atualizada.
 
Segundo o reitor Valder Steffen Júnior, a novidade traz segurança aos alunos e à UFU. “Antes, os estudantes geravam movimentação física em espécie, e isso não é seguro para ninguém. Estamos acompanhando a informatização da sociedade. Além disso, os diplomas de graduação não são mais assinados manualmente, eles são digitais. Essas são medidas que a UFU vai tomando com o avanço das ferramentas digitais, que permitiram inclusive a realização das aulas remotas”, disse.

 

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