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14/04/2022 às 12h10min - Atualizada em 14/04/2022 às 12h10min

Uberlândia fecha 1º trimestre com superávit recorde de mais de US$ 190 milhões na balança comercial

Cidade registrou volume de US$ 251,79 milhões em exportações

SÍLVIO AZEVEDO
Soja corresponde a 81% do valor total de exportações no período | Foto: Agência Brasil
Dados do Ministério da Indústria, Comércio Exterior e Serviço apontam que a cidade de Uberlândia teve um superávit de mais de US$ 199 milhões, cerca de R$ 42 bilhões, na balança comercial durante o primeiro trimestre de 2022. O valor é o mais alto registrado desde o início da série histórica, em 1997. 

Ainda de acordo com os dados, se comparados ao primeiro trimestre de 2021, o crescimento foi de 245,97%. Somente no mês de março, o aumento foi de 63,6%. Foram US$ 251,79 milhões em exportações, com destaque para a soja, que corresponde a 81% do valor, e US$ 52,51 milhões em importações, sendo a carne bovina o produto mais importado, representando 15% do total.

Entre os países com maior mercado em Uberlândia, a China é a principal parceira econômica do município, sendo responsável por 65,5% de todas as exportações. Tailândia, Irã, Vietnã, Colômbia, Paraguai e Índia também possuem acordos de importação e exportação de mercadorias.

Segundo o economista e professor na Universidade Federal de Uberlândia (UFU), Fabio Terra, a valorização das commodities, que são os produtos de origem agropecuária, é um dos principais motivos para o crescimento das exportações na cidade.  

“A gente já vem percebendo desde 2021 que as commodities, sejam minerais ou do agronegócio, têm tido ganho de preço muito elevado. Vale para Uberlândia, assim como para todo o Brasil”.

Ainda de acordo com economista, o período de colheita, que no Brasil é no começo do ano, também favorece o superávit. Além disso, a retomada econômica do leste asiático, grande consumidor de produtos exportados de Uberlândia, também é motivo para o aumento da balança comercial. 

A guerra na Ucrânia também contribuiu para os números, já que o país, juntamente à Rússia, produz 25% dos grãos do mundo. Com a produção das nações retraída, o Brasil se beneficia com a oportunidade de realizar mais exportações. 

“A Ucrânia, que está sendo invadida, não vai poder produzir. Já a Rússia está sofrendo sanções. Ela até pode produzir, mas a oferta dela não pode ser levada ao mundo inteiro. Oferta fica mais restrita e o preço dispara. Quem é produtor e não tem restrição, como o Brasil, acaba sendo beneficiado com essa oferta restrita da Rússia e Ucrânia”, finalizou Fabio Terra.


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