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14/04/2022 às 10h40min - Atualizada em 14/04/2022 às 10h40min

Com boa expectativa de vendas, lojistas apostam em contratações temporárias para a Páscoa em Uberlândia

Pesquisa da Fecomércio/MG revela que empresários estão confiantes com a data comemorativa que foi afetada nos últimos anos

IGOR MARTINS E SÍLVIO AZEVEDO
Período de Páscoa afeta, de forma positiva, mais de 40% das empresas do varejo de produtos alimentícios do Estado | Foto: Agência Brasil
A Páscoa de 2022 promete movimentar as vendas no comércio em Uberlândia. De acordo com uma pesquisa feita pela Federação do Comércio de Bens, Serviços e Turismo de Minas Gerais (Fecomércio/MG), 43% das empresas entrevistadas estão confiantes para o período e 7,8% afirmaram que contrataram funcionários temporários.

Esse é o caso de Juliana Almeida, proprietária da Loja Doce, estabelecimento que vende doces e artigos para festas na cidade. Segundo a empresária, as vendas realizadas em 2021 já superaram as de 2019. Os números, em sua visão, foram impulsionados pela flexibilização do comércio e pelo controle da pandemia da covid-19.

“As pessoas realmente estão querendo comemorar. Eu estou realmente sentindo o clima de Páscoa, de renovação, de reunir a família. É um momento de ressurreição da vida, isso está fazendo muito sentido agora. As pessoas podem se reencontrar, reunir a família. O movimento tem sido muito grande e a gente sabe que nesta última semana vai aumentar ainda mais”, disse.

Para dar conta do atendimento nas quatro unidades da loja em Uberlândia, Juliana Almeida abriu diversas vagas de contratação para o período. Em conversa com o Diário, ela disse que o estabelecimento começou com os processos de admissão no Carnaval. Na ocasião, seis oportunidades foram preenchidas e mantidas para a Páscoa. Agora, três cargos estão abertos na empresa.

“Nós trabalhamos muito com a sazonalidade. Começamos a contratar para o Carnaval e as pessoas contratadas já foram mantidas para a Páscoa. Depois da Páscoa, nós temos a época das festas juninas e por aí vai. A pessoa que tiver interesse pode procurar a nossa loja ou mandar o currículo para o e-mail [email protected]”, explicou a empresária.

Monique Hellen Oliveira é gerente de seis lojas da Cacau Show em Uberlândia e, segunda ela, também foi necessário fazer contratações temporárias para o período da Páscoa. Ao todo, as 18 vagas disponíveis foram preenchidas, com possibilidade de efetivação. “Existe essa possibilidade porque a gente já tinha algumas vagas em aberto. Sempre que a gente faz o treinamento, já ficamos de olho no potencial para contratar pessoas por mais tempo”.

Monique também está com a expectativa positiva para as vendas deste ano. “A expectativa é muito boa, até porque a gente entregou um Natal muito bom com alto nível de vendas e a expectativa é de vender 20% a mais em relação à Páscoa de 2021”.

PESQUISA
Apesar do cenário econômico desafiador, o período de Páscoa afeta, de forma positiva, mais de 40% das empresas do varejo de produtos alimentícios do Estado, segundo a Fecomércio. De acordo com o economista-chefe da federação, Guilherme Almeida, a data comemorativa vai além de um feriado religioso ou o consumo de chocolates.

“Por ser um período sazonal com mais apelo comercial e afetivo, a data se torna importante também para os segmentos alimentícios, como peixaria e demais guloseimas, minimercados, mercearias e armazéns, além do comércio de bebidas. O retorno das contratações temporárias é um indício positivo para o mercado de trabalho, que mostra também um aquecimento na economia, após dois anos consecutivos de retração”, avalia.

Segundo o estudo, para impulsionar as vendas e atrair mais consumidores, 39,2% dos lojistas pretendem investir em promoções e 23,5% em publicidade. Em relação a forma de pagamento, espera-se que o cartão de crédito seja o mais utilizado e o ticket médio esperado por 50,9% dos empresários seja de até R$ 50,00.

Em contrapartida, 27,9% dos empresários entrevistados acreditam que as vendas serão inferiores às registradas em 2021 devido ao valor alto dos produtos (56,5%) e a crise econômica (39,1%). O economista-chefe da Federação explica que essa baixa expectativa para essa parcela dos comerciantes se deve ainda aos desafios enfrentados na recuperação econômica.

“O cenário de deterioração dos indicadores macroeconômicos, notadamente os ligados a decisões de consumo, como inflação e emprego, fazem com que os consumidores evitem gastos além dos necessários nesse primeiro semestre do ano, o que pode impactar também no ticket médio gasto pelo consumidor”, ressaltou Guilherme Almeida.


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