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08/04/2022 às 08h40min - Atualizada em 08/04/2022 às 08h40min

Mercado de pescados em Uberlândia estima alta de até 20% nas vendas durante a Semana Santa

Levantamento do Diário mostra que peixes, como a tilápia, têm custado em média R$ 36,95 o kg

SÍLVIO AZEVEDO
Tilápia está custando em média R$ 36,95 o kg I Foto: PIXABAY
Com a proximidade da Semana Santa, o aumento da procura por pescados movimenta o mercado em Uberlândia, que estima uma alta nas vendas entre 15% e 20% neste ano. Um levantamento feito pelo Diário revelou que o preço de iguarias como a tilápia, que tem grande aceitação pela população, está custando em média R$ 36,95 o kg. Já o bacalhau tem preços que variam de R$ 71,90, o quilo do filé, a R$ 159,00.
 
Nas peixarias, a expectativa para esse ano é alta. É o que aponta Gabriel Oliveira, que é dono de duas unidades da Central do Peixe. Em entrevista ao Diário, o empresário disse que a estimativa é de um crescimento de até 20% nas vendas. “A procura já aumentou, mas o pessoal deixa para a última hora, a partir da semana que vem. Ano passado já foi muito bom, mas acredito que dá pra ser melhor ainda. Em 2021 faltou muito produto como bacalhau. Esse ano estou me preparando melhor”, contou.
 
Para atender à demanda até a Semana Santa, Gabriel comentou que a peixaria já vem reforçando o estoque. “O produto que mais sai é o bacalhau, mas tem muita saída de peixes de molho pra fazer moqueca, como a posta de surubim, de dourado. A tilápia sai bem. O estoque está recheado”, reforçou Gabriel, que ainda afirmou que durante este período chega a vender 1,5 tonelada de pescados, sendo que 400 kg só de bacalhau.
 
Assim como na empresa de Gabriel, outros estabelecimentos também esperam que as vendas desse ano superem 2021. Na Peixaria Pires, que tem quatro lojas em Uberlândia e uma em Araguari, foi necessário contratar mais atendentes para atender a demanda da quaresma.
 
“Para a Semana Santa, nas cinco lojas aumenta uma média de 750% o número de atendentes temporários. As duas lojas principais, na Semana Santa vai de 1 para mais ou menos nove atendentes e a outra para 12, isso de quarta a sábado. Tudo para não gerar filas. Conseguiríamos tocar com menos funcionários, mas perderíamos faturamento, pessoas que não querem ficar na fila e vão embora. Atendemos até na fila. Então aumentamos no caixa, atendimento, na separação. Tudo para ter agilidade”, disse o proprietário Juliano Machado.
 
O empresário ainda disse que o carro chefe de vendas é a tilápia, que representa 25% das vendas, seguida pelo surubim e pintado, com 22% e o filé de merluza, com 10%, assim como o mapará. Camarão, bacalhau e salmão vêm logo atrás. Esses, importados, sofreram mais com o preço do mercado internacional.
 
“Produtos importados sofrem aumento por conta do dólar. Não é nem questão da quaresma, mas do cenário internacional. Como o bacalhau, salmão. Agora, os nacionais têm um pouco de aumento pela procura, só que a gente não repassa muito. Absorvemos um pouco, por conta do volume que compramos, o que barateia um pouco mais”, disse.
 
Além das vendas, a loja realiza, anualmente, a doação de peixe para pessoas carentes, em uma ação que envolve funcionários e clientes, que apoiam a iniciativa que beneficia mais de mil famílias.
 
“Vamos fazer uma doação de três toneladas de tilápia para a comunidade na sexta-feira Santa (15), a partir das 8h. A gente fecha a rua, com apoio da Polícia Militar e de voluntários, que são clientes que vêm ajudar. Forma uma fila de mais de mil pessoas. Cada família recebe, em média 1,5 kg de peixe. Tem muita família carente. já é uma tradição. A empresa tem 50 anos de mercado, e há 25 faz essa doação. Nos últimos dois anos, por causa da pandemia, não teve. Vamos voltar esse ano”.
 
SUPERMERCADO
Também há quem prefira buscar pescados nos supermercados. E muitos já estão preparados para atender a alta demanda da Semana Santa. Segundo o gerente do Auxiliar Supermercado, Luís Antônio Pereira, a expectativa é de crescimento de pelo menos 15% em relação ao ano passado.
 
“A gente espera que seja mais, porque os dois últimos anos foram de pandemia, tinha horário reduzido e isso atrapalhou. um pouco na época. hoje, como não tem isso, estamos com expectativa maior. Reforçou estoque, compramos coisas a mais, como filé de tilápia, que vende bem, pintado, surubim”, relatou.
 
Mesmo com expectativa de alta de vendas, Luís Antônio vê crescimento menor do que em períodos anteriores. “Sempre nessa data a gente dá uma reforçada no nosso estoque, pois costuma vender bastante. Mas tem diminuído ao longo dos anos. O pessoal não está tão religioso, ao ponto de parar de comer carne vermelha e anda menos propenso nesse sentido. Diminui um pouco a carne bovina, mas nem tanto”, disse.
 
Outro item bastante procurado são os ovos, mas o gerente afirma que a saída é tradicionalmente alta. “Ovo nem tanto, porque sempre vendeu bem. O pessoal compra muito. Mas é difícil ter dimensão, porque o vendedor de ovo passa todo dia. Entrega quase todo dia”.


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