Recuperação do asfalto, que tem desnível, custou R$ 162 mil I Foto: IGOR MARTINS
Após quase cinco meses de espera por revitalização, o trecho sem asfalto na avenida Minervina Cândida Oliveira, em Uberlândia, teve as obras finalizadas e o trânsito liberado nesta semana. A via, que margeia a BR-365, ficou danificada após uma forte chuva em outubro de 2021. Apesar da reforma finalizada, o local ainda é alvo de reclamações. Moradores da região alegam que o asfalto implantado no trecho tem um desnível, além de um buraco no cruzamento com a Rua Rafael Rinaldi que continua impondo obstáculos aos motoristas.
A recuperação asfáltica do local teve início no dia 3 de março através do Departamento Nacional de Infraestrutura de Transporte (Dnit), órgão responsável pela via. A revitalização ficou avaliada em cerca de R$ 162 mil, de acordo com a autarquia. Nesta sexta-feira (25), a reportagem do Diário esteve no local e conversou com o subsíndico de um condomínio localizado na avenida.
“Desde a chuva até a finalização das obras foram cinco meses e aqui nós estamos novamente. Eles realmente vieram aqui e fizeram o serviço, mas você vê o tamanho do buraco que já foi aberto, isso porque nem choveu ainda. A pista foi liberada no começo dessa semana. Eu não tenho nenhum conhecimento técnico, mas parece que o serviço feito não foi realizado da maneira como precisava”, relatou Luiz Antônio Queiroz.
Durante a entrevista, a reportagem do Diário presenciou o problema causado pelo buraco. Veículos que trafegam pelo local precisam desviar para fugir do empecilho. Alguns chegaram a cair dentro do obstáculo, na esquina com a Rua Rafael Rinaldi. Com transtornos desde outubro, o subsíndico ouvido pela reportagem tem receio de que a malha asfáltica implantada pelo Dnit não aguente um novo período de chuvas da cidade.
“Nós ficamos muito preocupados. Em menos de uma semana já temos esse buraco, quando será que vai abrir outro? A gente espera que o asfalto aguente a próxima chuva. Queremos esquecer esses últimos cinco meses que passaram e pedir a Deus para que o asfalto permaneça”, disse Queiroz.
ESCOAMENTO Outra preocupação relatada por Luiz Antônio Queiroz diz respeito ao escoamento da via. Ele conta que a poeira e o barro são problemas frequentes após chuvas na região. Durante as obras, o vereador de Uberlândia, Ronaldo Tannús (PL), afirmou que grelhas seriam colocadas para o escoamento de água que desce para a avenida. Em contrapartida, alguns moradores relataram que o sistema continua o mesmo.
“Temos na região muitas pessoas idosas e debilitadas. Quando chove, o asfalto cede e vira barro e poeira. Isso afeta muito a saúde, causa problemas respiratórios e é muito difícil de limpar. Eles precisam melhorar o sistema de escoamento de água na região. Sempre que chove, fica inundado”, detalhou o morador.
O QUE DIZ O DNIT A produção do Diário entrou em contato com o Dnit que, por meio de nota, informou que a obra executada até agora diz respeito à restauração do pavimento com aplicação de capa asfáltica. O órgão disse ainda que os serviços iniciados no dia 3 de março seguiam o cronograma definido com previsão de conclusão no dia 16, mas uma tempestade bloqueou a rede de esgoto no local, por excesso de entulhos da área urbana.
De acordo com o Dnit, o Departamento Municipal de Água e Esgoto de Uberlândia (Dmae) trabalha junto ao órgão para desobstruir a rede sob o pavimento da avenida. Os serviços, de acordo com o Dnit adiaram a conclusão da obra, que inclui trabalhos relativos aos canteiros centrais, meio fios e canaletas. O órgão, no entanto, não esclareceu sobre o buraco aberto na esquina com a Rua Rafael Rinaldi.
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