Mercado autônomo, Zaitt, foi inaugurado no Centro de Uberlândia | Foto: Divulgação
Cada vez mais os serviços de automação vêm entrando no cotidiano das pessoas. Em Uberlândia, empresas já têm apostado em mercados e lojas de conveniência onde o próprio cliente compra, paga e embala os produtos, sem precisar de um funcionário responsável pelo atendimento.
Fundada em 2016 como delivery de bebidas em Vitória (ES), a Zaitt hoje atua com um modelo de mercado autônomo e possui franqueados em diversas partes do país. Em Uberlândia, a unidade foi inaugurada na avenida Cesário Alvim, no Centro.
“Um ano depois da abertura do delivery, eu e meu sócio, percebemos que era preciso se movimentar e criar algo diferente. Foi aí que idealizamos resolver um problema de conveniência de outra maneira, fazendo lojas de conveniências autônomas, 24 horas, mais próxima da casa dos clientes. Aí começou o desenho do modelo de loja da Zaitt. Lançamos a primeira loja em dezembro de 2017. Foi a primeira desse modelo na América Latina”, disse o CEO da empresa, Rodrigo Miranda.
Somente no ano passado, a franquia fechou 40 contratos para que a loja seja instalada em vários pontos do país. Rodrigo está confiante com a loja em Uberlândia e informou que uma segunda unidade será aberta em breve na cidade.
“Desde a inauguração tem sido bastante interessante. Muita gente se cadastrando, indo na loja pra conhecer. É natural que haja um processo de educação, claro, sob uma nova forma de comprar, de possibilidades. É um processo educativo de que agora se tem uma nova opção. Mas Uberlândia tem uma atuação interessante desde o primeiro dia. A gente está bem animado e vendo outros candidatos a franqueados aí em Uberlândia”, complementou.
Para entrar no estabelecimento e poder realizar as compras, é necessário apenas baixar o aplicativo da loja. Outra forma de entrada é pelo reconhecimento facial. Neste caso, basta o cliente cadastrar uma foto no aplicativo e toda vez que for entrar na loja é necessário colocar o rosto na frente do painel de entrada que o sistema fará uma comparação de imagens reconhecimento.
Depois, ao entrar na loja, basta escanear os produtos que quer comprar e confirmar a compra pelo próprio aplicativo. A conta será enviada na fatura do cartão de crédito cadastrado ou fará o débito sobre o saldo da carteira virtual.
Em relação à segurança, Rodrigo contou que no início foi um desafio. Contudo, a empresa registra uma média de perdas abaixo de 1% por mês.
“Na verdade, foi um dos grandes desafios que a gente procurou endereçar nos últimos anos. Hoje não é o nosso maior desafio eu diria, apesar que a gente nunca pode relaxar com isso. Mas o nosso time de risco e prevenção à fraude tem feito um trabalho interessante. Temos ficado na média com perdas abaixo de 1% por mês. Nível mais baixo que o de um mercado tradicional”, explicou Rodrigo Miranda.
Outra empresa que oferece serviço de mercado autônomo em Uberlândia é a Snackin, mas com uma proposta voltada para os condomínios fechados. A empresa instala minimercados que oferecem produtos de higiene pessoal e limpeza, carnes, mercearia, bebidas variadas e congelados, por 24 horas em todos os dias da semana. O serviço é totalmente autônomo e os clientes fazem as compras de forma digital.
“Tínhamos um plano em 2019, mas o modelo de empresas era o que seguia crescendo. Com a pandemia, a gente teve uma queda muito brusca de faturamento e precisamos nos reinventar lançando, em menos de 58 dias, a primeira loja 100% autônoma para condomínios, já com controle de acesso e acesso para maiores de 18 anos”, explicou o CEO da empresa, Vinícius Galvão Cunha.
Apesar de não possuir colaboradores nas lojas, a Snakin possui mais de 40 profissionais responsáveis pela operação do negócio. Para garantir a segurança, a empresa possui um sistema de monitoramento que consegue identificar os produtos que são comprados.
“A maioria das pessoas são honestas. Essa é a verdade. Poucas pessoas atuam de forma a furtar o produto. São raras exceções. Hoje temos um sistema de monitoramento que permite identificar o que a pessoa levou e em qual momento. E fazemos contato com as residências para recuperar os valores”, explicou Vinícius.
A empresa está presente em condomínios de diversos públicos e classes sociais. A estrutura da loja é determinada de acordo com o espaço disponível, com comunicação visual padrão. O que se adequa é o sortimento de produtos, de acordo com que o público demanda.
“Todas as lojas têm todos os produtos, o que diferencia é o tipo de produto. Por exemplo, às vezes, vou ter em uma loja cervejas importadas e artesanais. Em uma outra loja, mais populares. Varia a marca, de acordo com a demanda. Quero atender a demanda. Se o cliente está demandando, vamos oferecer”.