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13/02/2022 às 13h30min - Atualizada em 13/02/2022 às 13h30min

Com aulas presenciais, procura por uniformes escolares cresce 40% em Uberlândia

Empresários do setor comemoram retomada das vendas que foram impactadas pela pandemia

MARIELLE MOURA
Aulas foram retomadas na última segunda (7) nas escolas públicas em Uberlândia / Foto: MARCELO CAMARGO/ AGÊNCIA BRASIL
A procura por uniformes escolares em Uberlândia registrou um crescimento de mais de 40% em janeiro de deste ano em comparação com o mesmo período de 2021. Segundo empresários do setor, o retorno das aulas presenciais é o principal motivo do aumento da procura. As atividades das escolas particulares retornaram em 2 de fevereiro. Já as escolas municipais e estaduais retomaram o ensino presencial na última segunda-feira (7).
 
Em entrevista ao Diário, o proprietário de uma loja e uma confecção na cidade, Deivison Costa Ramos, que atua no ramo desde 2007, disse que o estabelecimento comercializa uniformes de aproximadamente 35 escolas estaduais e municipais. Segundo ele, a procura aumentou bastante e as vendas aumentaram entre 40% e 50%. “A principal procura é dos pais que os filhos estão voltando para as aulas presenciais, que ficaram dois anos sem comprar os uniformes”, contou.
 
O empresário informou que, apesar do aumento, o perfil dos consumidores é diferente dos outros anos devido à incerteza do retorno presencial. “Tivemos um aumento significativo na quantidade de pessoas nos procurando, porém com uma diferença grande na compra individual, por exemplo, antes a pessoa vinha e comprava de três a quatro peças, hoje a pessoa vem e compra uma, duas no máximo", explicou.
 
O proprietário da loja de uniformes revelou ainda que a expectativa para o ano é que as vendas continuem aumentando e que, a partir desse crescimento, a empresa consiga recuperar o que perdeu nos últimos anos. “Nossa expectativa para esse ano é que as vendas continuem melhorando para tentar recuperar o que não conseguimos vender durante os anos anteriores na pandemia,” completou.
 
Outro estabelecimento que também percebeu um bom aumento na procura neste início de ano é a loja da empresária Celina Ferreira de Araújo. A proprietária está mais otimista para a retomada das vendas, já que, segundo ela, a pandemia impactou negativamente no negócio. Em conversa com a reportagem, a proprietária disse que investiu em promoções na divulgação. “Aumentaram as vendas principalmente pelas propagandas que fizemos e também pelo preço”, contou.
 
De acordo com uma pesquisa realizada pelo Instituto Reclame Aqui, entre os dias 10 e 12 de janeiro em todo o país, com 13.131 pessoas, dois itens estão mais pesados no orçamento das compras dos materiais escolares neste ano.
 
Segundo o levantamento, 46,6% do custo será direcionado à compra de livros didáticos. Em segundo lugar está a compra de novos uniformes com 29,3%. A pesquisa também mostrou que 51% dos entrevistados vão adquirir os produtos em lojas físicas.
 
VOLTA ÀS AULAS
Uberlândia tem atualmente aproximadamente 66 mil crianças, adolescentes e jovens adultos matriculados na rede municipal de ensino. Segundo a Prefeitura, Uberlândia não vai exigir, por enquanto, o passaporte vacinal para permitir a entrada de alunos nas escolas municipais.
 
A secretária de Educação, Tânia Toledo, informou que todas as medidas de biossegurança serão reforçadas para o início das aulas. Durante uma entrevista coletiva, a responsável pela pasta reforçou que a máscara e o álcool gel serão obrigatórios, mas que não haverá testagem frequente entre os professores e funcionários.
 
A Secretaria de Estado de Educação de Minas Gerais (SEE/MG) informou que na rede estadual de ensino não é necessária a apresentação de cartão de vacinação para a matrícula dos alunos ou para a participação das atividades letivas e não está prevista a exigência do documento. Em Uberlândia, são 66 escolas estaduais.
 
As escolas particulares da cidade também não pretendem exigir o comprovante de vacinação contra a covid-19 para a realização das matrículas e participação dos alunos nas atividades.
 
De acordo com a presidente do Sindicato das Escolas Particulares do Triângulo Mineiro, Átila Rodrigues, até o momento, não há estudos sobre a possibilidade de cobrar o comprovante. “As atividades voltarão com todas as medidas de biossegurança, mas, até o momento, não existe nenhuma exigência do comprovante de imunização das crianças”, explicou.
 
Questionada sobre o ensino híbrido, Átila Rodrigues informou que algumas escolas podem oferecer o sistema online para o público de 5 a 11 anos. Contudo, para crianças a partir dos 12 anos, o ensino passa a ser obrigatório de forma presencial.
 
Já a Escola de Educação Básica da Universidade Federal de Uberlândia (Eseba/UFU) vai exigir o comprovante vacinal contra a covid-19 para toda a comunidade escolar, incluindo alunos e colaboradores. As aulas nos dois turnos estão previstas para retornar no dia 16 de fevereiro. A instituição tem aproximadamente 780 estudantes.
 

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