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07/12/2021 às 13h00min - Atualizada em 07/12/2021 às 13h00min

Agências de turismo de Uberlândia revelam aumento de 80% na procura por viagens

Clientes relatam aumento dos preços e dificuldades para realizar remarcações

GABRIELE LEÃO
Nordeste está entre os destinos mais procurados entre os clientes I FOTO: AGÊNCIA BRASIL
Com o avanço da vacinação e a reabertura de destinos importantes para o turismo, o setor começa a notar uma melhora significativa no cenário, que foi bastante impactado pela pandemia. Isso porque a procura no segundo semestre deste ano já está mais promissora do que no ano passado. Em Uberlândia, agências de viagens já perceberam um crescimento de 80% na demanda por viagens.
 
Em entrevista ao Diário, o proprietário de uma agência de viagens em Uberlândia, Lucas Resende, que trabalha na área há mais de 40 anos, disse que durante a pandemia precisou se reajustar para conseguir manter o negócio aberto. Agora, em uma nova perspectiva, o empresário comemora a retomada.
 
“Nossos clientes já começaram a buscar novos destinos, principalmente para as férias de final de ano e também para o recesso do carnaval. Nos últimos meses tivemos o crescimento de mais de 100% na procura para destinos e remarcações. Isso já mostra o quão flexível está se tornando esse momento de retomada”, comentou.
 
O empresário contou ainda que mesmo com os bons números, a perspectiva de um novo fechamento, causado pela a ômicron, a nova variante do coronavírus, deixa o setor em alerta.
 
“Vivemos dois anos sem trabalho no setor de turismo, claro que já tivemos outros casos que nos chamaram atenção, mas sempre muito pontual em certos países. A pandemia fechou o mundo inteiro, então, agora que temos a abertura para alguns deles, mas com essa possibilidade de um novo fechamento, não sei por quanto tempo mais o setor pode continuar. A nossa expectativa é que seja apenas casos isolados e que controlados, mas mesmo assim, ficamos em alerta”, comentou.
 
Ainda de acordo com o empresário, os destinos mais procurados no Brasil são as praias do nordeste, mas, com a abertura de algumas fronteiras, o público tem buscado destinos internacionais, como Estados Unidos, Canadá e Europa.
Proprietária de uma outra agência em Uberlândia, Thalita de Andrade, que atua há 12 anos no segmento disse está confiante, mas precisa lidar com novos desafios, como o reajuste dos pacotes de viagens.
 
“Tivemos mais de 80% de aumento nas vendas para destinos nacionais em comparação a novembro de 2020 e 2021, mas, com a retomada também sofremos com as remarcações das viagens e também do reajuste dos preços. Já tivemos diversos problemas com companhias áreas que estão sem voos ou que demoram mais de 45 dias para remarcar, pacotes de viagens que tiveram mais de 50% dos preços reajustados e o cliente também sofre com essas dificuldades”, comentou.
 
A empresária comentou também que as vendas cresceram nos últimos meses e os clientes já buscam oportunidades para 2022. Segundo ela, alguns destinos inclusive já possuem voos diretos e mais horários.
 
DIFICULDADES
Se por um lado empresários do setor comemoram, por outro, clientes alegam dificuldades para conseguir viajar nesta época do ano por conta do reajuste nos preços das passagens.
 
É o caso de Francileide Silva, que é natural de Criciúma, em Santa Catarina, e há um mês está enfrentando dificuldades para reagendar a passagem de avião para visitar a família em Uberlândia.
 
“Comprei a passagem antes do fechamento dos aeroportos durante a pandemia. A intensão era viajar para o aniversário da minha filha, mas por causa das restrições, não consegui. A intensão é passar o natal com minha família, mas com os novos valores de reajuste está impossível conseguir viajar. Paguei R$ 540 na passagem de ia e volta em 2020, agora, o mesmo trajeto está mais de R$ 3 mil”, explicou.
 
Francileide contou ainda que a opção encontrada foi mudar a opção de transporte. “Com esse valor consigo apenas a passagem de ida com reajuste e a outra maneira é voltar de ônibus que sai mais barato. O limite da passagem é 31/12 e este ano espero rever minha família, que não vejo desde o início da pandemia”, contou.

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