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28/10/2021 às 14h30min - Atualizada em 28/10/2021 às 14h30min

Escolas estaduais de Uberlândia vão cobrar presença em salas de aula

Alunos que não retornarem ao ensino presencial na próxima quarta (3) receberão falta e poderão ser reprovados

GABRIELE LEÃO
Instituições deverão adotar distanciamento de 1,2 metros entre alunos I Foto: Marco Evangelista/Imprensa MG
Seguindo a determinação do Governo de Minas, anunciada na última semana, que torna obrigatória a retomada das aulas presenciais em todo o Estado, as escolas estaduais em Uberlândia devem retornar suas atividades na próxima quarta-feira (3). De acordo com a superintendente Regional de Ensino de Uberlândia, Onília Maria de Oliveira Borges, todas as instituições administradas pelo Estado dentro do Município vão acatar a decisão e contabilizar a presença dos estudantes. 
 
Em entrevista ao Diário, a superintendente esclareceu que a orientação para os pais e/ou responsáveis é enviar os alunos para as escolas para que não saiam prejudicados no ensino, uma vez que a modalidade remota deixará de ser oferecida e as faltas serão computadas, podendo levar à reprovação no fim do ano letivo.
 
“A orientação é para que os alunos voltem para as aulas presenciais, pois aqueles que não estiverem com o envio das apostilas mensais de orientação de estudo e atividades em dia, ou que não compareceram as aulas online, estão com faltas no sistema. Se esses alunos não completarem os 75% de frequência exigidos pela carga horário escolar, considerando as atividades citadas, eles vão sofrer penalidades, podendo até repetir o ano”, esclareceu.
 
Ainda segundo a superintendente, os estudantes que estão com as apostilas mensais de orientação de estudo e atividades (PETs) em dia podem continuar os estudos através das apostilas até o fim do ano. Contudo, se optarem por não comparecerem às aulas presenciais serão considerados faltosos.
 
A partir de 2022, caso não haja outra deliberação do Estado, o ensino segue de forma presencial e obrigatório. Os alunos com comorbidades poderão seguir com as atividades dos PETs em casa até o fim de 2021, mas precisam apresentar laudos médicos que comprovem as complicações.
 
A medida anunciada pelo Estado também acaba com a exigência de distanciamento adicional de 0,90 metros entre os estudantes nos ambientes escolares. Apesar disso, de acordo com a superintendente Regional de Ensino de Uberlândia, as medidas de biossegurança nas escolas do Município ainda serão respeitadas, com distanciamento de 1,2 metros.
 
A decisão estadual foi tomada na última sexta (22) pelo Centro de Operações de Emergência de Saúde (COES), da Secretaria de Estado de Saúde de Minas Gerais, que aprovou a 6ª versão do Protocolo Sanitário de Retorno às Atividades Escolares Presenciais, sendo válida para todo o estado de Minas.
 
PAIS DIVIDIDOS
Em Uberlândia, pais ouvidos pelo Diário ainda estão receosos com a retomada das atividades presenciais. É o caso da dona de casa Regiane Boaventura, que é mãe de duas meninas em idade escolar: Maria Eduarda, de 11 anos, e Ana Vitória, de oito.
 
Em entrevista ao Diário, Regiane disse não ser a favor do retorno obrigatório das aulas, já que a filha mais velha é deficiente e recentemente passou por uma cirurgia e contraiu uma bactéria hospitalar.
 
“Além da preocupação com o deslocamento para levar as meninas na escola e o quadro de saúde da Maria Eduarda, as minhas filhas ainda não foram vacinadas e a realidade da imunização na cidade ainda é muito preocupante, pois sabemos que nem todos são a favor. Mesmo que eu levasse apenas a Ana Vitória, ainda sim correria o risco de ela contrair o covid-19 e passar para a irmã”, comentou.
 
Com receio, a dona de casa optou por não enviar as filhas e continuar com o ensino remoto pelo menos até o final de 2021. “Faltam dois meses para o fim do calendário letivo, não acredito que passar a ser obrigatório as aulas presenciais vai recuperar os dois anos perdidos pela pandemia”, ressaltou a mãe.
 
Por outro lado, a aposentada Dorislene Fonseca, que é responsável pela Vanessa, de sete anos, vê a retomada do ensino como uma oportunidade de voltar à vida normal. Dorislene ajuda na criação da estudante e contou à reportagem que ambas preferem as atividades presenciais.
 
“Para enfrentar a pandemia, o ensino online foi uma boa alternativa, mas num país com o nosso, sabemos o quanto a educação faz diferença. A Vanessa já estava aprendendo a ler, escrever e interagir com as outras crianças e desde que começou o ensino híbrido, ela voltou às aulas e tem sido excelente para o desenvolvimento dela”, contou.
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