Glauberson Giffony optou por investir na Bolsa de Valores I Foto: Leandro Ramos
A consciência da necessidade de investir dinheiro é um dos muitos reflexos que a pandemia do novo coronavírus trouxe. Após as questões sanitárias e de saúde, a preocupação financeira, certamente, é uma das mais intensas. Em Uberlândia, o ritmo não foi diferente. As empresas de assessorias para investimentos registraram aumento no número de patrimônios e receberam mais investidores no último ano.
Quando se fala em investimento, a poupança é, sem dúvida, a modalidade mais conhecida pelos brasileiros, mas não é a mais vantajosa. Segundo Renan Würfel, sócio e assessor de investimentos da Blue3 Investimentos, o mercado financeiro oferece diversas opções, desde bolsa de valores, produtos de renda fixa, previdência social, fundos imobiliários e mais. “Alguns fundos têm valores fixos para investimentos, mas temos opções mais baixas, que oferecem a acessibilidade do público”, disse.
Würfel ainda comentou que, ao contrário do que a maioria pensa, para investir basta ter uma reserva de dinheiro, isso pode ser R$ 100,00. “Mas antes de investir, o primeiro passo é organizar as finanças. Além disso, é importante frisar que é necessário a orientação profissional para que uma boa estratégia bem elaborada seja direcionada e atenda as expectativas e objetivos do investidor. Vale lembrar que o investidor deve entender que o que fará diferença na vida dele não é a rentabilidade e, sim, a consistência em investir e poupar", explicou.
TAXAS DE JUROS A taxa de juros vem despencando e em setembro de 2020 atingiu a mínima de 2%. Com isso, fica bem menos confortável para o investidor conservador, que ganhava dois dígitos de rentabilidade anual em investimentos de renda fixa. “Para atingir esse patamar, hoje, só buscando alternativas mais inteligentes”, apontou Würfel.
Em Uberlândia, uma das unidades da Blue3 Investimentos na cidade duplicou as operações em 2020. Assim, o valor em patrimônio administrado pela empresa é de quase R$ 2 bilhões. “Isso mostra que o brasileiro tem mudado a maneira de investir, principalmente na pandemia, onde houve queda das taxas de juros e as pessoas têm percebido que existem outras maneiras para investir fora o mercado imobiliário”, observou.
BOLSA DE VALORES Foi dessa maneira que o analista jurídico Glauberson Alencar Giffony optou por investir na Bolsa de Valores ao invés do mercado imobiliário.
“Estava com um valor separado para comprar um imóvel, pois pensava que esse seria um investimento mais seguro, mas, ao conversar com um amigo que já investia na bolsa, percebi que poderia ter mais oportunidades. Antes de começar, procurei um assessor de investimentos, que me deu algumas orientações básicas, e procurei assuntos relacionados em fontes de confiança na internet. Logo depois fiz meu primeiro investimento, com R$ 5 mil. Em um ano, com aportes sazonais, já tive retorno de mais de 140%”, comentou.
Giffony ainda comentou sobre os erros e acertos. “É importante lembrar que investir é uma semente, você vai regando até chegar no momento de usufruir. Na minha trajetória já tive erros, de sair de uma empresa no tempo errado, por exemplo. Mas nem tudo é perder. O essencial é aprender a partir dali. Hoje, meus investimentos são a longo prazo, a valorização vem com o tempo, mas sempre tiro um tempo para ler e conhecer as ações que invisto, pois quando fazemos esse investimento, passamos a ser parte da empresa, e por isso é importante ter a mentalidade de dono”, afirmou.
DICA DE OURO Investir com paciência e disciplina pode trazer grandes resultados, de acordo com o analista jurídico Glauberson Alencar Giffony, que optou por investir na Bolsa de Valores ao invés do mercado imobiliário.
“Fui promovido na empresa onde trabalho, mas mantive o mesmo padrão de vida e isso me deu mais abertura para investir mais, pois consegui criar um caixa e, alinhado às minhas estratégias, posso comprar ações, que vão me trazer mais rendimentos. Sem dúvida, a organização financeira em casa é a chave principal para o sucesso”, completou o analista jurídico.
Glauberson Giffony optou por investir na Bolsa de Valores I Foto: Leandro Ramos
