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28/01/2021 às 18h06min - Atualizada em 28/01/2021 às 18h06min

Preços de hortifrútis têm aumento médio de até 150% em Uberlândia

Alta foi impulsionada por chuvas registradas no fim de 2020 e por aumento da demanda por hortaliças

FERNANDO NATÁLIO
Os preços dos hortifrútis na Ceasa Uberlândia tiveram aumentos que variaram entre 20% e 150%, em média, neste mês de janeiro, comparados aos valores praticados na mesma época do ano passado. A alta foi impulsionada, principalmente, pela grande incidência de chuvas registradas no fim de 2020 e nos primeiros dias de 2021 e pelo aumento da busca de consumidores por hortaliças no momento em que as carnes ficaram mais caras e a procura por elas caiu.

Segundo o orientador de mercado da Ceasa Uberlândia, Eder Julio de Jesus, apesar do aumento médio ter sido de até 150%, em alguns casos, como o chuchu, a elevação chegou a 328,5%. O preço da caixa de 23 quilos do produto subiu de R$ 35 para R$ 150.

O tomate também teve acréscimo no valor acima da elevação média. A caixa de 22 quilos do produto passou de R$ 40, no início de 2020, para R$ 140, neste primeiro mês de 2021. Outro produto do subgrupo hortaliças frutos que pressionou essa alta dos preços foi o quiabo, cuja caixa de 14 quilos aumentou 166,6%, saltando de R$ 30 para R$ 80.
 
“Com o aumento dos valores do arroz, feijão e, principalmente, das carnes, os consumidores finais passaram a comprar menos esses produtos e adquirir mais as hortaliças. Esse movimento influencia o mercado. Com a demanda muito alta por essas mercadorias, elas começam a faltar e isso faz os preços ficarem exorbitantes”, explicou Eder Julio.


Tomate teve acréscimo no valor acima da elevação média, segundo orientador de mercado da Ceasa I Foto: Arquivo Pessoal

Ainda de acordo com o orientador de mercado da Ceasa Uberlândia, as hortaliças do subgrupo folhosas também tiveram alta nos preços, mas em patamar menor, de 20%, em média. “As chuvas no período das festas de fim de ano e nos primeiros dias de janeiro de 2021 afetaram as produções e, consequentemente, os produtores repassaram esse acréscimo, que chega à Ceasa e às feiras, sacolões, supermercados e ao bolso do consumidor final”, pontuou.

Assim como ocorre entre as hortaliças fruto, o subgrupo das folhosas também tem oscilações nos valores que superam a elevação média. Na Ceasa Uberlândia, a dúzia da couve-flor, que custava R$ 50 no começo do ano passado, hoje é vendida por R$ 120, equivalente a 140% de acréscimo. A dúzia da alface também ficou mais cara nesse período, passando de R$ 15 para R$ 25, totalizando alta de 66,6%, mesmo percentual de elevação do valor do agrião, cuja dúzia também subiu de R$ 15 para R$ 25.

A alta nos preços também atingiu as frutas. A maçã foi a mais afetada. Na Ceasa Uberlândia, a caixa com 18 quilos saiu de R$ 70 para R$ 150 neste intervalo de um ano, um acréscimo no preço de 114,2%.
 
OUTROS FATORES
Segundo o orientador de mercado da Ceasa Uberlândia, Eder Julio de Jesus, além da intensidade de chuvas registradas no fim de 2020 e nos primeiros dias de 2021 e do aumento da demanda por hortaliças, outros três fatores também influenciaram na elevação dos preços dos hortifrútis na cidade neste mês de janeiro.

“O aumento do valor do diesel também impactou nos custos dos produtores. Assim como a alta da energia elétrica e até a cobrança de novos pedágios em rodovias da região. Os produtores têm reclamado de todos esses problemas e acabam repassando esses acréscimos ao consumidor final”, afirmou.

Ainda de acordo com Eder Julio, a tendência é que esse aumento permaneça em Uberlândia e região até maio. “Teremos chuva até lá, por isso, não há previsão de queda nos preços nesses cinco primeiros meses do ano”, disse.



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