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26/10/2020 às 14h41min - Atualizada em 26/10/2020 às 14h41min

Profissionais de enfermagem de Uberlândia cobram criação de piso salarial

Em apoio ao movimento estadual, enfermeiros, técnicos e auxiliares pedem condições melhores de salários ao governador Romeu Zema

BRUNA MERLIN
Profissionais de Uberlândia realizaram manifestação no último sábado (24) | Foto: Divulgação

Profissionais de enfermagem de Uberlândia estão apoiando o movimento estadual que cobra a criação de um piso salarial destinado à categoria. O Conselho Regional de Enfermagem de Minas Gerais (Coren-MG) já pensa em uma possível paralisação, caso o pedido não seja discutido e acatado pelo governador Romeu Zema (Novo).

Segundo a presidente do Coren, Carla Prado Silva, o objetivo do manifesto é pedir melhores condições de salários aos profissionais, incluindo enfermeiros, técnicos e auxiliares. “O estado não tem um piso salarial estabelecido para esses profissionais que são muito desvalorizados”, explicou.

Carla destacou que, atualmente, a média salarial de um enfermeiro gira em torno de dois salários mínimos. Já dos auxiliares e técnicos é de cerca de aproximadamente um salário mínimo. “Existem profissionais que trabalham em até três lugares para conseguir ganhar um salário bom. Isso não é justo”.

A representante do Coren explicou ainda que a pandemia da Covid-19 está exigindo ainda mais dos profissionais de enfermagem, que atuam na linha de frente no combate da doença. Em razão disso, se faz necessária a luta por condições melhores de trabalho. 

PROPOSTA
O Conselho Regional de Enfermagem de Minas Gerais chegou a elaborar a Carta da Enfermagem com propostas de mudanças e enviou ao Governo de Minas Gerais. Os trabalhadores pedem salário de R$ 6.617,15 para enfermeiros, R$ 4.288.85 para os técnicos e R$ 3.859,96 para os auxiliares.

Ainda de acordo com a presidente do Coren, essa proposta já foi avaliada pela Advocacia-Geral do Estado e considerada como legítima e justa. Contudo, o pedido ainda não foi acatado pelo governador Romeu Zema para a criação de um projeto de lei. “Ele já alegou diversas vezes que não irá criar um projeto que nos favorece. Com isso, começamos esse movimento pacífico para chamar a atenção dele e cobrar nossos direitos”, complementou Carla Prado. 

MANIFESTAÇÃO
Cerca de 50 profissionais de enfermagem se reuniram na praça Tubal Vilela, no último sábado (24), para uma manifestação pacífica. Os protestantes utilizaram cartazes pedindo a criação do piso salarial e melhores condições de trabalho. Essa foi a primeira manifestação realizada em Uberlândia. O objetivo também foi apoiar outros movimentos que estão sendo realizados em diversos municípios de Minas Gerais.

Por fim, a presidente do Coren explicou que outras medidas estão sendo discutidas com os sindicatos, caso as propostas não sejam acatadas por Zema. “Já estamos pensando em paralisação das atividades em diversas cidades para que possamos chamar a atenção do governador”, concluiu.

O Diário de Uberlândia entrou em contato com a assessoria de imprensa do Governo de Minas Gerais, mas até a publicação da matéria não obteve resposta.


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