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03/10/2020 às 08h00min - Atualizada em 03/10/2020 às 08h00min

Nutricionistas indicam alimentos que podem substituir itens com alta no preço

Diário de Uberlândia conversou com profissionais que explicam sobre o que pode ser trocado pelo arroz, óleo e carne

BRUNA MERLIN
Batatas são uma opção para substituir o arroz | Foto: Agência Brasil
Nos últimos dias, o preço de alguns alimentos que fazem parte da alimentação diária dos brasileiros subiu de forma significativa, sendo registrado até 50% de aumento. Entretanto, alguns produtos podem ser substituídos por outros que não sofreram com a inflação. O Diário de Uberlândia conversou com nutricionistas da cidade para saber sobre essa possibilidade de troca que poderá ajudar o bolso da população.

O arroz foi um dos alimentos que mais registrou elevação no valor. O produto de 5kg que antes era encontrado em diversos comércios por uma média de R$ 13, agora apresenta um valor que gira em torno dos R$ 25. 

Segundo a nutricionista Renata Cristina Dalves, o arroz está classificado no grupo dos alimentos energéticos da pirâmide alimentar e ele pode ser substituído por vários outros alimentos que também fazem parte dessa classe. Um exemplo são os tubérculos, como batatas e a abóbora cabotiá que, além de serem vegetais assim como o arroz, também têm o índice de carboidrato necessário para o dia a dia. 

“Também temos o cuscuz que, apesar de não ser tradicional na nossa região, é uma ótima troca do arroz. O macarrão feito de uma forma simples sem muitos temperos também é uma opção, mas as pessoas precisam ficar atentas em relação à quantidade pois é muito calórico”, explicou. 

O arroz de couve-flor também é uma ótima opção para entrar no lugar do convencional, de acordo com a nutricionista Florence Prates. O alimento já é muito popular e faz parte da refeição de muitas pessoas que possuem uma dieta restrita e praticam atividade física.

 
“É uma hortaliça muito fácil de encontrar em feiras livres e apresenta um preço bacana, além de ser mais saudável. Pode ser triturado e feito como um arroz normal. Um couve-flor rende bastante e alimenta uma família de até quatro pessoas”, destacou. 

A profissional também explica que, por ser uma refeição cultural e que agrada a todos, o arroz não precisa ser retirado completamente das alimentações. Conforme dito por ela, a diminuição do consumo já pode ajudar bastante o bolso das pessoas.

“Pode ser feita a redução de dias da semana que se come arroz e substituir pelos outros alimentos citados. Outra alternativa é a redução de porções como, por exemplo, colocar duas colheres de sopa de arroz e complementar com batata ou outros alimentos da mesma categoria”, complementou.

CARNE
O preço da carne vermelha também registrou elevação de valor nos últimos meses e ela pode ser substituída por outros alimentos em alguns dias da semana. Para a nutricionista Florence Prates, o frango e o ovo são ótimos produtos ricos em proteínas e que apresentam um preço menor no mercado.

“Também pode ser feita a redução de consumo como, por exemplo, consumir carne vermelha somente uma ou duas vezes por semana e nos outros dias trocar pelo frango ou ovo”, disse.

Os peixes também são uma opção para trocar pela carne vermelha, principalmente a sardinha e o atum que são mais baratos e fontes de proteína e Ômega 3. Mas é importante ter moderação em relação aos produtos enlatados. “É muito comum a compra de sardinha e atum enlatado, mas é importante que seja em óleo porque ele protege o alimento da embalagem de alumínio que é prejudicial”, informou Prates. 

Ovos também são fonte de proteínas indicada para substituição da carne | Foto: Agência Brasil

ÓLEO

O óleo de soja também faz parte do grupo de alimentos que teve uma alta significativa no preço. Em alguns comércios de Uberlândia, o produto passou de R$ 4 para R$ 9. 

Em alguns casos, o óleo de soja pode ser substituído por outros recursos mais baratos como, por exemplo, a banha de porco. Segundo a profissional Florence Prates, a alternativa pode ser utilizada para refogar alimentos. 

Contudo, os nutricionistas acreditam que essa é uma ótima oportunidade para que a população diminua o consumo de óleo que muitas vezes é utilizado de forma exagerada e sem necessidade, principalmente em frituras por imersão que é caso da batata frita e outros. O indicado é meio litro por pessoa em todo o mês.

“Existe um costume de colocar óleo em todos os alimentos e isso já faz parte do paladar das pessoas porque acreditam que fica mais saboroso, mas o alto consumo pode ocasionar problemas cardiovasculares e outros”, frisou Renata Cristina Dalves.

Além disso, a nutricionista explica que muitos alimentos não precisam de óleo para o preparo como é caso do arroz, macarrão e até mesmo na hora de passar um bife. “Somente água e tempero é necessário para preparar esses alimentos. O óleo é necessário caso queira refogar alguns alimentos, mas sempre em pequenas quantidades”, finalizou. 

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